
A substituição de juízes humanos por sistemas de inteligência artificial no julgamento de casos é apenas uma questão de tempo, afirma o advogado potiguar e professor de Direito Constitucional Erick Pereira.
Segundo ele, o mundo já vive sob a égide da inteligência artificial e caminha rapidamente para uma nova etapa tecnológica ainda mais profunda, com o avanço da computação quântica previsto para a próxima década.
“Em 2033, não teremos mais criptografia. A computação quântica vai derrubar o WhatsApp, o blockchain e outros sistemas de segurança que conhecemos hoje”, disse, em entrevista nesta segunda-feira 26 à rádio Jovem Pan News Natal.
Para Erick, a presença de sistemas autônomos no Judiciário é inevitável, especialmente em sistemas jurídicos como o brasileiro, baseado no modelo civil law, no qual o legislador estabelece previamente os valores e condutas previstas em lei. Nesse contexto, segundo ele, a inteligência artificial é capaz de aplicar a norma com base em padrões objetivos.
“Ela usa o que já existe e combina com a maior probabilidade. Atravessar um sinal vermelho? Ela vai aplicar a multa, porque a lei diz que é proibido. O juiz já não precisa valorar nada”, explicou.
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