Álvaro Dias tem na secretária Joanna Guerra uma pessoa de sua confiança que, em conjuntura ideal, seria sua indicada para concorrer à prefeitura.
Mas o prefeito não vive numa conjuntura ideal, a despeito da “força da máquina” e da aprovação que a gestão teve nas últimas pesquisas de intenção (controversas).
No mundo real, Álvaro não tem força para “criar”, a esta altura, um “candidato do zero”.
Para ele, resta tentar indicar o candidato a vice de uma das forças que tem chances reais na disputa: Carlos Camaleão Alves, Natália Bonavides ou, por último e certamente menos importante em todos os sentidos, o eventual candidato da direita (decadente) potiguar.
Mas Álvaro está num impasse.
Isso porque o prefeito, como quase toda a classe política, não confia em Carlos Camaleão Alves, o que torna eventual aliança nebulosa.
Por outro lado, durante toda a gestão de Álvaro ocorreram atritos com o PT natalense, embora aqui, a despeito da dificuldade inicial do diálogo, em sendo aberto, entendo que não haveria a desconfiança do caso anterior. Seria uma composição pontual entre dois setores com interesses claros.
No terceiro caso, a direita não confia em Álvaro, que abandonou o bolsonarismo decadente e iniciou uma trajetória em direção a Lula. Também não haveria sentido, para Álvaro, entrar num barco furado.
A tendência é que Alváro lance Joanna Guerra como pré-candidata apenas para valorizá-la e, após, busque uma composição com Carlos ou Natália.
E Carlos e Natália, eventualmente, terão de decidir se valerá ou não a pena receber o apoio do prefeito.
Até os comissionados da prefeitura sabem disso.