Dez anos atrás, com a chegada das motos ao sertão Nordestino, muitos jumentos foram abandonados pelos donos e passaram a perambular por estradas, causando acidentes. No Ceará, o Detran chegou a montar uma fazenda para abrigá-los. Em 2015, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu um pedido de um investidor chinês: ele queria importar cerca de 1 milhão de jumentos por ano.

O produto principal do jumento é a pele. Fervida, dá origem ao ejiao, um tipo de gelatina usada como medicamento popular pelos chineses, que promete saúde e vitalidade, como tônico antianemia, antifadiga e antioxidante. Segundo dados da FMVZ-USP, o abate de jumentos aumentou mais de 8.000% entre 2015 e 2019, período em que foram mortos 91.645 animais. Entre 2010 e 2014, foram pouco mais de 1.000 abates no país. Em 2018, já havia chegado a 62.622.

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