Por @silverioalvesfilho

Em ano de eleição municipal, sempre há alguém dizendo que é o “novo”, que vai fazer diferente dos que estão na prefeitura ou na Câmara.

Mas, na prática, quando aquele que diz que é o “novo” vence, age como agia o “antigo”, ou até pior.

As vezes por malícia: dizia que era o novo apenas para chegar ao poder.

As vezes por falta de força: até queria mudar o sistema, mas se torna refém dele, ou em razão de apoiadores que precisam de um emprego na prefeitura, ou de investidores de campanha que querem um retorno político, as vezes a busca pela reeleição a todo custo.

Porém é possível que neste ano exista, de fato, alguém que seja “o novo”.

Não apenas alguém que use o “novo” como discurso para vencer, nem alguém que, mesmo contra a sua vontade, aceite se submeter ao “sistema” por necessidade política.

Mas, sim, alguém novo na luta, no modo de agir e nos resultados obtidos.

Vejo alguns atributos de alguém que queira ser efetivamente “o novo”:

1) Não depender do “sistema” para viver;

2) Discurso e atuação públicas capazes de convencer o povo sobre as vantagens de romper com esse sistema de favores que, há décadas, dita as regras da política nos municípios do RN;

3) Liderança pelo carisma, pela confiança e pelo convencimento, e não pelo dinheiro, poder ou medo;

4) Possuir grupo de apoiadores e investidores que, após a vitória, não o(a) forcem a se render ao sistema;

5) a reeleição não deve ser tratada como meta, mas apenas como consequência da vontade do povo;

Não é fácil encontrar alguém com esses atributos.

Mas talvez esse ano apareça.

Quem sabe.

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