O estado de São Paulo atingiu neste sábado o registro de 100 mil mortes causadas pela Covid-19, tornando-se o primeiro do Brasil a alcançar um número tão alto de vidas perdidas pelo coronavírus. Segundo o painel on-line de monitoramento do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), são 100.649 óbitos pela doença e 2.997.282 casos desde o início da pandemia.

Os dados ainda devem ser atualizados até o final da tarde pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Até esta sexta-feira, a pasta contabilizava 99.989 mortes e 2.984.182 casos.

Essa quantidade de pessoas mortas é comparável, por exemplo, à população completa de algumas cidades do estado de São Paulo, como Mairiporã (município da Região Metropolitana de São Paulo com população estimada pelo IBGE em 101.937 habitantes), Caieiras (também na Grande São Paulo, com 102.775 moradores) e Itanhaém (na Baixada Santista, com 103.102). É como se uma dessas localidades tivesse perdido, ao longo de pouco mais de um ano e por uma única causa, todos os seus munícipes.

A marca de 100 mil óbitos por Covid-19 também está próxima à registrada na França toda. O país europeu já teve 106.270 mortes, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, que monitora a situação global da pandemia. A França ultrapassou os 100 mil casos fatais em 15 de abril.

Se o estado de São Paulo fosse um país, estaria em nono no ranking em número absoluto de mortes por Covid-19, segundo a universidade americana Johns Hopkings. A lista é liderada pelos Estados Unidos (581.120 mortes), seguida de Brasil (419.114 mortes até a sexta-feira, e incluindo os dados de São Paulo), Índia (238.270), México (218.657), Reino Unido (127.694), Itália (122.694), Rússia (111.097) e França (106.649). Após o estado de São Paulo, a Alemanha completa o “top ten” do ranking, com 84.668 mortes por Covid-19.

Atrás de São Paulo, o estado com mais mortes pelo vírus Sars-CoV-2 é o Rio de Janeiro, que contava 46.171 óbitos até sexta-feira. No Brasil todo, já foram 419,3 mil perdas, segundo dados do consórcio de imprensa até a noite de sexta.

São Paulo, até o final da tarde de sexta, tinha 21.320 pacientes internados com Covid, sendo 10.060 em unidades de terapia intensiva e 11.260 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI estava em 78,2% para o estado como um todo e em 76,2% na Grande São Paulo. Desde o começo da pandemia, o estado contabiliza ainda 306.789 altas hospitalares de pessoas que precisaram de atendimento por causa da doença.

Neste sábado, o estado passa a ter regras menos rígidas dentro da chamada fase de transição, período estabelecido para retomar atividades não essenciais após uma nova onda de Covid. O horário de funcionamento de comércio e serviços foi ampliado até 21h e a ocupação máxima dos locais subiu para 30%.

O Globo

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