O presidente da República foi transferido às pressas para São Paulo, onde poderá ser submetido a uma cirurgia de emergência nas próximas horas.

O Antagonista ouviu três políticos com trânsito no Palácio do Planalto. Os três disseram que as informações que chegam a eles dão conta de que o estado de saúde de Jair Bolsonaro requer “muitos cuidados” e é considerado “grave”.

“Se não fosse grave, gravíssimo, não precisaria transferi-lo às pressas para São Paulo”, disse um dos vice-líderes do governo Bolsonaro na Câmara. “É preocupante”, acrescentou.

Um senador que está em contato permanente com o presidente afirmou que Bolsonaro se sentiu mal ainda na madrugada e, após relutar em procurar um médico, foi convencido a ir até o Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília.

Bolsonaro, logo cedo, foi submetido a uma endoscopia, que identificou acúmulo de líquido e outros materiais, o que pode ajudar a explicar os soluços do presidente.

O entorno do presidente, então, decidiu chamar o cirurgião gástrico Antonio Luiz Macedo, que mora em São Paulo. O médico é o responsável por acompanhar Bolsonaro desde a facada, durante a campanha de 2018.

Macedo pediu novos exames e constatou obstrução intestinal. Além disso, determinou que o presidente fosse transferido imediatamente para São Paulo, onde muito provavelmente deverá passar por uma cirurgia de emergência para tentativa de desobstrução.

Nos últimos dias, quem esteve com Bolsonaro percebeu que ele não estava em boas condições de saúde. Mas o presidente dizia que estava “tudo bem” e atribuía os soluços que começaram há 12 dias a um refluxo gástrico e ao tratamento odontológico pelo qual passou recentemente.

Quem conversou com o senador Flávio Bolsonaro pela manhã e agora no fim da tarde também percebeu uma mudança no tom do filho, que já admite, em reservado, que a situação é delicada.

“Os médicos tentaram tranquilizar o entorno do presidente, mas é claro que uma situação dessas, assim de emergência, preocupa”, afirmou um senador.

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