O desenvolvimento da inteligência artificial (IA) terá consequências para 40% dos empregos em todo o mundo, sobretudo nas economias avançadas, disse a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“No mundo, 40% dos empregos serão afetados. E mais: será o caso de quanto mais qualificado for o emprego. Portanto, para as economias avançadas e alguns países emergentes, 60% dos empregos serão afetados”, declarou Kristalina Georgieva.

Em entrevista à agência de notícias France-Presse (AFP), ela explicou que os impactos não são necessariamente negativos, pois também podem resultar em “aumento dos rendimentos”.

Os dados são de relatório divulgado pelo FMI antes das reuniões do Fórum Económico Mundial em Davos, que começam nesta segunda-feira (15) na estância alpina suíça.

O documento alerta que a IA poderá agravar as desigualdades salariais, prejudicando sobretudo a classe média, enquanto os trabalhadores com rendimentos já elevados poderão ver os seus salários “aumentarem mais do que a proporção” dos ganhos de produtividade com essa tecnologia.

“É certo que haverá impacto” disse Georgieva, observando que a IA pode acabar com alguns empregos e melhorar outros. A diretora defendeu que a prioridade deve ser ajudar os trabalhadores afetados e “partilhar os ganhos de produtividade”.

De acordo com o relatório, Singapura, Estados Unidos e Canadá são os países que estão melhor preparados até agora para a integração da IA.

Agência Brasil

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