O reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), José Arnóbio de Araújo Filho, afirmou que, se o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) não liberar os orçamentos das instituições federais de ensino que foram bloqueados na semana passada, o instituto não terá condições de finalizar o ano letivo de 2022.

“O nosso grupo de estudo do orçamento da Instituição está se debruçando sobre as contas para verificar como poderemos diminuir os impactos desse bloqueio, mas sabemos que, se o cenário não for revertido, não conseguiremos finalizar o ano letivo de 2022”, afirmou o reitor, em comunicado emitido nesta terça-feira (6).

No texto, o IFRN enfatiza que o bloqueio orçamentário inviabiliza o funcionamento do instituto. A nota destaca que, após o bloqueio sofrido no último dia 28 de novembro, revertido após alguns dias, uma nova retirada de recursos, dessa vez no dia 1º de dezembro, deixou as contas da instituição com saldo negativo.

O montante desse último bloqueio foi de R$ 17.586.832,00. Tal valor, ressalta a nota do IFRN, se soma ao corte já realizado em maio desse ano, no valor de R$ 6.474.295,00. Esses valores juntos representam quase 30% do orçamento discricionário do IFRN (o que pode ser utilizado pela Instituição para assistência estudantil, manutenção, melhorias e contratação de serviços).

As duas áreas mais impactadas com o bloqueio são a assistência estudantil e o funcionamento das unidades. Na assistência estudantil, o montante bloqueado chega a R$ 3,6 milhões, impactando todos os tipos de assistência prestada aos alunos: auxílio transporte, alimentação, aulas de campo, pagamento de bolsas, dentre outras ações.

Já no tocante ao funcionamento, os cerca de R$ 13,1 milhões retidos seriam destinados ao pagamento dos contratos da instituição, que envolvem despesas como água, energia elétrica, internet, além do pagamento dos servidores terceirizados que trabalham, dentre outras áreas, na limpeza, segurança e manutenção das unidades.

Portal 98 FM

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