Por @silverioalvesfilho

Hoje, 24, a Loja Maçônica Acácias do Potengi n.º 10, completa 43 anos de existência.

Durante esse período, a ordem muito contribuiu para a sociedade potengiense.

Embora não seja eu maçom, presto esta singela homenagem, na condição de pertencente à ordem DeMolay, que “bebe na fonte” da filosofia maçônica.

Sobre o piso xadrez da Acácias do Potengi, aprendi muitos ensinamentos, norteados pelas 7 virtudes cardeais: amor filial, referência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo.

Lá, sob os ritos que, longe de serem formas vazias, possuíam profundos significados, aprendíamos a defender as escolas públicas, a fim de que o acesso à educação não enfrentasse barreiras de quaisquer espécies.

Entendíamos a importância de defender as liberdades civil e religiosa, para que todos tivessem o direito de se expressar livremente, nos termos da constituição.

O que eu mais admirava, porém, era o companheirismo. Lá, mais do que amigos, adquiri irmãos.

Como irmãos, embora cada um tivesse sua liberdade de consciência, éramos iguais, a começar pela vestimenta: todos com meias, sapatos, calça, cinto e gravata pretos e camisa de manga longa branca.

Até mesmo nos “tempos de política”, a irmandade prevalecia sobre as divergências dos membros, já que a Maçonaria e, por consequência, a Ordem DeMolay, não deve carregar consigo “bandeiras de partidos ou compromissos com figuras políticas, independente de quem sejam e do nível em que estejam” [1].

Seguíamos este preceito rigorosamente, “sem misturar as coisas”, não só nas reuniões ritualísticas, mas também nas administrativas e, até mesmo, nas confraternizações.

Boas lembranças que, apesar do decurso do tempo e dos distanciamentos inevitáveis, carrego comigo na memória.

[1] Trecho do artigo “Maçonaria e política: entenda essa relação”, publicado em site vinculado às 3 potências maçônicas do Paraná (GLERP, GOB/PR e GOP), disponível em: https://maconariadoparana.org.br/noticia/maconaria-e-politica-entenda/

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