Todo santo dia, algo me leva a ver novamente a jogada daquele maldito gol da Croácia.

Hoje, quem me levou a ver o gol foi Griezmann, jogador que vem sendo fundamental na campanha da França.

Griezmann teve seu auge midiático em meados de 2018, quando era o craque da seleção francesa e tido por muitos como um dos melhores jogadores do mundo.

Agora, sem tanta mídia, ele vem sendo importante na Copa pelo seu comprometimento tático: roubadas de bola, assistências, atuação estratégica para que Mbappé possa correr e Giroud possa marcar gols.

Sua atuação contra o Marrocos na semi, que lhe rendeu o prêmio de melhor da partida, é a síntese do conceito de “jogar para a equipe” e não para si. Mas porque isso me levou ao maldito gol da Croácia?

Se acompanharmos o lance do gol, imediatamente antes, a câmera da Fifa pega o Tite mandando Rodrigo e os demais voltarem para o campo de defesa. Mas eles não voltam.

No lance do gol, após a reclamação de Tite, tínhamos no ataque Neymar (o único justificável), Pedro, Rodrigo, Antony, Fred (volante!!) e Casemiro. Faltavam 5 minutos, Brasil na frente. Porque estariam lá?

Não há outra explicação razoável além de “Síndrome de Influencer”. Pedro, Antony e Rodrigo queriam fazer um gol na Copa, entrar para a história. Queriam “quebrar” a internet, como Richarlisson fez com seu gol antológico (ele dobrou de seguidores no Instagram durante a Copa). Brasileiro gosta dessas coisas.

Numa seleção onde o engajamento no Instagram é mais importante do que o comprometimento tático, preferiram jogar para si, do que para o time. O oposto de Griezmann, que aceitou não marcar gols, para que o time pudesse vencer. Que aceitou sumir, para que a seleção aparecesse.

Que falta esse pensamento fez para os jogadores brasileiros.

Maldita “síndrome de influencer”.

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