Foto ilustrativa/reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria planejado e atuado de forma direta no planejamento para impor um golpe de Estado no Brasil.

É o que mostra o relatório final da investigação da Polícia Federal (PF), que terminou com 37 indiciados por golpe de Estado. A retirada do sigilo e a divulgação do documento ocorreram nesta terça-feira (26/11).

“Há robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid”, diz trecho do documento.

O inquérito também fala que o presidente “tinha plena consciência e participação ativa” nas ações clandestinas promovidas pelo grupo. O presidente “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva” de plano golpista, conclui a Polícia Federal no documento.

“Dando prosseguimento à execução do plano criminoso, o grupo iniciou a prática de atos clandestinos com o escopo de promover a abolição do Estado Democrático de Direito, dos quais Jair Bolsonaro tinha plena consciência e participação ativa”, escreveu a PF no relatório.

O texto da Polícia Federal detalha que, ao dar continuidade à execução do plano, os envolvidos realizaram práticas que visavam subverter a ordem constitucional e inviabilizar a transição democrática de poder. As ações clandestinas, organizadas e deliberadas, reforçam o caráter articulado das investidas contra as instituições democráticas.

Os desdobramentos da investigação trazem à tona a gravidade dos fatos, colocando Bolsonaro como uma figura central no esquema. As evidências reforçam o comprometimento do grupo com uma tentativa de ruptura institucional que, segundo os investigadores, teve início ainda durante o mandato presidencial.

Metrópoles

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