Encerrado nesta sexta-feira (5), o leilão do 5G movimentou um montante total de R$ 46,7 bilhões. O número equivale ao valor econômico, ou seja, já incluiu a outorga, cobrada pelo direito de uso da faixa, os compromissos em investimentos e o ágio de alguns lotes.

Somente em ágios — valores adicionais pagos pelos compradores —, foram cerca R$ 5 bilhões. A princípio, esse valor será convertido em novos compromissos para a infraestrutura digital brasileira.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou, no total, 43 lotes arrematados. As faixas que vão oferecer o serviço no Brasil foram compradas por 11 operadoras, sendo 6 dessas para novos operadores de serviço móvel no país.

Segundo o superintendente de Competição da Anatel, Abraão Balbino, o destino final do valor do ágio vai ser definido nas sessões da agência na próxima semana.

“O edital previa que todo o ágio seria convertido em compromisso. Só que esse leilão é tão abrangente, uma vez que todas as obrigações foram assumidas, que existe a possibilidade de não ser possível converter o ágio por falta de compromissos remanescentes. Neste caso, isso iria para o Tesouro”, completou o conselheiro da Anatel, Emmanoel Campelo.

Campelo ainda afirmou que a equipe considera esse leilão bem-sucedido de “todas as maneiras possíveis. “Se pegarmos os compromissos para escolas, esse leilão vai permitir um valor de investimentos para conexão das escolas de educação básica de R$ 3,1 bilhões”, destacou.

Além dos grandes operadores tradicionais do país, como Vivo, Tim e Claro, a chegada do 5G abriu as portas para que seis novas empresas comecem a oferecer o serviço móvel no Brasil.

“Pela primeira vez temos a garantia de que todos os valores arrecadados nesse leilão serão usados para boas práticas para a população”, destacou o ministro das Comunicações, Fábio Faria.

CNN Brasil – Foto: Marcelo Camargo

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