Em sua primeira visita a uma unidade da Petrobras desde que assumiu seu terceiro mandato à frente da presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates, na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Ipojuca, em Pernambuco, para um momento histórico: a retomada das obras na mais moderna refinaria do país. Mais do que ampliar a capacidade de produção da unidade, o evento marca o retorno dos investimentos da Petrobras em refino, que poderão contribuir, de forma rentável, para tornar o país autossuficiente na produção de combustíveis.

Nos próximos cinco anos, a Petrobras vai investir US$ 17 bilhões (R$ 84 bilhões) em projetos de refino, transporte e comercialização em diversas unidades do Brasil para ampliar sua capacidade de produção de diesel e aumentar gradualmente a oferta de produtos para mercado de baixo carbono. A obra na RNEST, que estará pronta em 2028 e gerará 30 mil empregos diretos e indiretos, ampliará a capacidade da refinaria pernambucana em processamento de petróleo de 100 mil para 260 mil barris por dia e acrescentará mais de 13 milhões de Diesel S10 (de baixo teor de enxofre) por dia à capacidade de produção nacional.

Na cerimônia, ao lado de trabalhadores da RNEST, da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, dos ministros Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação); André de Paula (Pesca e Aquicultura) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), parte da diretoria da Petrobras e outras autoridades, Lula e Jean falaram da importância da refinaria para o Nordeste e para o Brasil.

Para o presidente Lula, 2023 foi um ano de muito trabalho, principalmente de base, no qual o país voltou a investir. “O primeiro ano (2023) foi um ano de limpar o terreno e de plantar coisas novas, este ano (2024) é o ano da colheita e a primeira árvore frondosa que nós estamos colhendo é recuperação da RNEST”, comemorou Lula.

O presidente Jean Paul Prates reforçou a importância da RNEST e destacou o seu potencial para o futuro. “Essa será a segunda maior refinaria brasileira e a mais moderna e mais nova de todo o continente americano. Essa é também uma refinaria de adaptação para o futuro. Vamos começar a fazer diesel com conteúdo renovável, um diesel de origem vegetal. Essa é a refinaria de 100 anos, que não vai acabar junto com o petróleo. Petróleo pode acabar, mas a RNEST não acaba”. Jean lembrou que a refinaria completa 10 anos de operação este ano.

Na ocasião também foi lançado o Programa Autonomia e Renda, da Petrobras, que oferecerá cursos de capacitação profissional a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Para Jean, também é papel da Petrobras contribuir com a sociedade de outras formas, como na formação de novos profissionais. “Vamos oferecer cursos de capacitação para suprir as demandas do setor como um todo. Serão quase 20 mil vagas para os mais variados cursos em diversos estados onde a Petrobras mantém operações, 7.205 apenas aqui em Pernambuco, com oferecimento de bolsa-auxílio no valor de R$ 660 mensais (R$ 858 mensais para mulheres com filho até 11 anos). O objetivo é qualificar pessoas, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade social ou desempregadas, para atuação na indústria de energia brasileira”, adiantou, Prates.

Ampliação da RNEST vai gerar 30 mil empregos durante as obras e 13 milhões de litros de Diesel S10 por dia quando concluída.

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