Hoje pela manhã, enquanto caminhava pela parede da barragem, um popular percebeu a Raposa sentada, olhando para o nascer do sol.
Foi a primeira vez que a Raposa apareceu após o resultado do segundo turno.
A Raposa mostrava-se esperançosa com um iniciar de um novo dia.
Aproximando-se dela, o curioso perguntou o porquê do sumiço.
A Raposa olhou para ele, sorriu e respondeu:
“Era preciso”.
Após, ela foi-se embora em direção à caatinga, declamando um trecho do poema “Se voltares”, de Rogaciano Leite:
“Como sândalo humilde que perfuma
O ferro do machado que lhe corta,
Eu hei de ter minha alma sempre morta
Mas não me vingarei de coisa alguma.”