Por @silverioalvesfilho

A Educação do Potengi pode ser dividida em antes e depois da chegada do IFRN. E eu posso afirmar isso com certa propriedade.

Em 2013, enquanto o IF chegava, eu saía de São Paulo do Potengi.

Com muito esforço dos meus pais, eu estava indo morar no apartamento de um tio, em Natal, para lá terminar meu ensino médio, numa escola particular.

Na época, era muito raro que alguém que terminasse o ensino médio em São Paulo do Potengi passasse para o curso de Direito na UFRN, o que eu buscava.

Hoje, não é mais tão raro, por diversos fatores: a mudança do vestibular para o ENEM, priorizando o raciocínio lógico, em vez do “decoreba”; o avanço das escolas estaduais, municipais e particulares locais; a chegada de cursinhos preparatórios ao interior; mas, principalmente, o reforço da educação federal.

Hoje, o IFRN lidera na região a quantidade de alunos aprovados para universidades federais, inclusive para os cursos mais concorridos. Como se não bastasse, o IFRN trouxe o próprio ensino superior federal para São Paulo do Potengi, por meio do curso de Matemática (com nota 4, de 5, no MEC) e, em breve, de Engenharia Ambiental.

O IFRN trouxe, ainda, o incentivo à pesquisa científica no ensino médio. Muitos que de lá saem, já saem jovens pesquisadores, buscando soluções para diversos problemas sociais, econômicos e ambientais.

Trouxe, também, incentivo aos projetos de extensão, por meio dos quais alunos e professores integram-se à comunidade e buscam, em conjunto, soluções para demandas de interesse comum.

Mais recentemente, o IFRN/SPP vem sendo destaque, ainda, na internacionalização do ensino, enviando diversos alunos para experiências no exterior, algo impensável para o Potengi há 10 anos.

Algo me diz, porém, que é só o começo, e que a mudança real para o Potengi, com a colaboração fundamental do IFRN, ocorrerá nos 10 anos que estão por vir. O tempo dirá.

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