E a retirada de água da Barragem Campo Grande? É só perguntar a Monsenhor Expedito

Por Santo Tito


Dia 26 de junho de 2025 foi uma noite significativa para São Paulo do Potengi, porém sem significância. Naquela data a sociedade potengiense foi convidada a participar de uma audiência pública (é uma reunião aberta ao público, organizada por órgãos governamentais ou entidades responsáveis pela tomada de decisões em assuntos de interesse coletivo.

Ela serve como um instrumento de participação popular na administração pública, permitindo que a população se manifeste e contribua para o processo decisório. Além disso, a audiência pública é prevista na Constituição Federal como um mecanismo de exercício da democracia participativa, promovendo a participação social e a transparência nas ações governamentais).

Quando a comissão organizadora abriu espaço para o público proferir perguntas às entidades representativas de suas instituições, o primeiro a se manifestar foi o vereador do PT João Cabral.

No seu questionamento dirigido a Procópio Lucena, diretor-presidente do IGARN, Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Graduado em Engenharia Agrônoma pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), atualmente Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), possuidor mais de 3.500 horas de formação em cursos, seminários e conferências sobre políticas públicas, mudanças climáticas e convivência com o semiárido), estava englobado várias outras com o mesmo teor, inclusive a deste colunista.

A partir de então uma realidade que não estava exposta no script toma vulto e, praticamente, empana o verdadeiro objetivo da audiência. Pois, como se a plateia estivesse assistindo a uma partida de futebol com “Pelé” exercitando toda a sua maestria com a bola nos pés, a cada pergunta dirigida em especial ao Dr. Procópio, detonava uma explosão de alegria da torcida, como se fora uma jogada espetacular do “Rei”, já que ali estaria dado o sinal para um embate filosófico entre o prefeito, engenheiro civil, e o representante do IGARN, engenheiro agrônomo, ao final culminando numa pomposa claque composta por mais de noventa por cento dos presentes ovacionando o primeiro mandatário municipal.

No segundo dia após a referida audiência, durante aquelas reuniões fortuitas que acontecem por acaso, as conversas ainda derivavam daquele expediente. O debate sobre o assunto envolvia o seguinte questionamento: Qual seria o posicionamento a se defender com relação a água que “será” retirada da Barragem Campo Grande para atender a mineradora prestes a operar em Lagoa de Velhos e mais quatro municípios: Municipalização da água ou uma complementação de recursos financeiros para comércio e prefeituras?

Considerando a derrama de mais de um bilhão de reais, qualquer que fosse uma proposta para uso da água Barragem Campo, que não era de conhecimento público, seria aprovada por unanimidade. E não tem nada de errado nesta tomada de atitude. É só perguntar a Monsenhor Expedito.

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