
Por Santo Tito
entro da Visão – Elo que une administração municipal ao Sistema Único de Saúde-SUS
Por falta de espaço físico adequado e profissionais especializados, durante a administração Azevedo doenças que afetam a visão como glaucoma e catarata eram conduzidas para atendimento fora do município, chegando a serem tratadas até em Fortaleza. Em determinado momento do mandato Naldinho uma sucursal do Centro da Visão Hospital Dia instalando-se na cidade pôs fim a essa agonia, pois foi possível a prefeitura firmar convênio com o SUS para suprir tais procedimentos.
Esses convênios firmados entre Prefeituras Municipais e SUS para operação de catarata, os quais protegem os menos favorecidos, especificamente no que tange à saúde visual daqueles em idade bastante avançada, têm como objetivo efetuar esta intervenção cirúrgica com total isenção de pagamento.
O Brasil é o único país com mais de 200 milhões de habitantes que tem um sistema de saúde público e gratuito, e mesmo quem o utiliza com mais frequência muitas vezes desconhece seu funcionamento.
O orçamento do SUS para tratamentos de atenção especializada (tratamentos como quimioterapia, transplantes, exames especializados, hemodiálise, consultas e cirurgias eletivas) aumentou de R$ 54,98 bilhões em 2022 para R$ 74,71 bilhões em 2024, representando um crescimento de 34%. E para oferecer tratamentos de melhor qualidade à população, com avanços significativos na vacinação e na redução das filas para cirurgias, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) deste ano (2025) prevê R$ 218,5 bilhões para a Saúde, com expansões de ações orçamentárias que chegam a mais de 100%.
Sendo esta uma situação que não está presente na maioria dos países, o que mais encanta, diferentemente de um hospital em que pacientes entram em uma roleta russa para saber quem vai ser salvo, é que lá no Centro da Visão, talvez que pela localização dos pacientes na pirâmide social, é a doçura do atendimento que faz a diferença. Sem demérito para os demais atendentes, que não estavam na trajetória do observatório, elegemos duas personalidades que se destacam nesse item.
A forma alegre e contagiante de Mateus, auxiliar responsável pela conexão entre a sala de espera e a de cirurgia, permitia o relaxamento de quem esperava pela sua vez, transformando aquele átrio num ambiente bastante leve e agradável. Uma outra colega, a Mercia, não tão esfuziante quanto, mas também pela sua amabilidade, usando o adereço da jovialidade e empatia, não deixava nada a desejar. “Qui bom!”
Uma constatação bastante recorrente – e frustrante – é o sucessor não dar sequência aos investimentos do antecessor, por esta razão é que precisamos “exultar” a atitude da atual gestão em manter vivo tais atendimentos custeados, em parte, pelo SUS, porquanto sabemos da existência do quesito contrapartida, pois o Órgão nunca cobre os valores totais da iniciativa privada.

