Por Santo Tito
Os escritores, poetas, compositores, pintores, escultores, entre tantos outros artistas, frequentemente enfrentam desafios significativos em termos de reconhecimento e remuneração. Muitas vezes, esses profissionais são pouco valorizados, tanto financeiramente quanto socialmente, apesar de suas contribuições culturais e artísticas serem imensuráveis.
No entanto, a paixão pela arte e a dedicação ao ofício são forças motrizes que mantêm esses profissionais em busca de suas aspirações. A arte tem o poder de inspirar, provocar reflexão e trazer beleza ao mundo, e os artistas desempenham um papel crucial na sociedade ao compartilhar suas visões únicas e perspectivas através de suas obras.
A arte de fotografar pode ser conceituada como a prática de capturar momentos, emoções e histórias através de imagens. É uma forma de expressão visual que combina técnica, criatividade e sensibilidade para criar composições que podem ser tanto documentais, quanto artísticas ou históricas.
Fotografar é mais do que apenas apertar um botão; é uma forma de ver o mundo e compartilhar uma visão única com os outros. Seja na fotografia de paisagem, retrato, moda, jornalismo ou qualquer outro gênero, cada fotógrafo traz sua própria interpretação e estilo para suas imagens. Normalmente são profissionais pouco encontrados e cujo talento depende de uma visão inspiradora daquilo que lhe é proporcionado pela natureza circundante.
Outro dia a visão panorâmica do acaso, percorrendo as calmas águas da nossa querida represa/barragem Campo Grande, fotografou um rapaz descansando relaxadamente em uma rede com parte do corpo submerso no precioso líquido.
Nada de tão surreal assim. Mas um desses profissionais supracitados aguçariam rapidamente o seu imaginário. Em especial o fotógrafo que, de repente, personificaria um momento único, um momento em que a montagem daquele berço aquoso lhe proporcionaria uma imagem Sui generis.
E mais, estaria dando vazão à imaginação criativa de um poeta, de um compositor, de um escritor, de um historiador.
Em outro dado momento, a ação inspiradora do dedo nervoso de um desses caçadores de imagens inéditas captou a imagem de um rapaz, tendo a seu dispor um corpanzil bastante avantajado, ressonando sob as gotículas de um laudo e relaxante banho de chuveiro, praticamente inaugurando mais um dos entretenimentos simples e criativos daqueles produzidos por Jean lá do Recanto das Águas.
Outra situação que não tem nada de sobrenatural. Trata-se apenas de criar uma emoção diferente das tantas que nos proporcionam todos os dias esse depósito com capacidade para armazenar 34 milhões de m³ de água, que para muitos pode representar apenas um detalhe, mas para outros é a concepção de algo muito maior. Sendo, inclusive, de um valor inestimável para o custeio de um enorme número de famílias que dali tiram o seu sustento, a sua manutenção.
Olhamos e vemos o quão somos beneficiados pela mãe natureza com os recursos por ela providos, iluminando o homem que assumiu, desenhou, projetou e construiu essa belezura de empreendimento social, no entanto ainda não aprendemos a cuidar dela.
Porém a fotografia, amparada pelo artista que tem o poder do click, haverá de prover as imagens que, no futuro, contarão a história de um padre que conseguiu unir um bocado de políticos com sede durante uma das muitas reuniões geridas por esse mesmo padre, pois foi proibido por ele que a água fosse servida, para lhes mostrar o que é ter sede, coisa desconhecida para esses senhores do paletó. Esse representante da Igreja Católica não era ninguém mais do que Monsenhor Expedito, nosso Padrinho, Senhor e Protetor.