Banco do Brasil – Riso, sorriso e só risos

Por Santo Tito

Há muito que eu não frequentava o Banco do Brasil. Mesmo porque a gente só vai lá quando tem algum dinheiro na conta. E, como não sou comerciante, nem algo semelhante……
Mas como tinha que fazer umas compras no fiado, fui me informar sobre um tal de “link”. De cara já tive uma baita “duma” surpresa. A casa “tava” lotada. Perguntei logo para o segurança qual era o motivo daquela “gentarada” toda, ao que ele me respondeu ser a migração dos clientes do Bradesco voltando à casa materna.
Durante um determinado tempo fiquei em pé. Logo, logo vagou uma cadeira ao lado de Chiquinho, ex-secretário de educação. Na expectativa de passar umas duas horas por ali, uma conversinha ajuda a passar o tempo.
Ainda lembro de quando entrei para o Banco e a gente era conceituado como sendo uma raça diferente. Éramos tratados como “aquele ali trabalha no Banco”. Nem precisava dizer o resto. Bastava dizer Banco para que, por intuição, o do Brasil chegasse por osmose. Nós, em sua imensa maioria, nos entendíamos como seres extra dotados. Na realidade o concurso era muito seletivo.
Mas, eu que pensava esperar aquele tempo todo por um atendimento, fui surpreendido com um chamado relâmpago. Como ex-funcionário e bom observador havia percebido uma funcionária novata sorrindo ao recepcionar um cliente. “Vigi Maria”! Fiquei “assombrado”. Uma funcionária do BANCO DO BRASIL saindo daquele claustro com um sorriso “180 graus”, era uma atitude inimaginável. Alguma coisa no mundo estava errada.
Até aí tudo bem. Além do chamado relâmpago, ao qual até relutei um pouco pois não observei que era meu número, também não esperava fosse acontecer tão rapidamente, e só “pulei” da cadeira quando ouvi meu nome. Foi então que percebi a pessoa encarregada de me atender. Era a dita cuja do sorriso “180 graus”.
Mas porque do estranhamento? No meu empo, entrar como cliente naquele templo chamado BB era coisa para os bem aquinhoados, que eram atendidos pelo gerente em espaço fechado. Os demais, por força da necessidade, o faziam bastante constrangidos. E sabem porquê? Por causa da hermeticidade dos funcionários. Os recursos saiam do governo federal. Não havia a precisão de esforço para cumprir metas. Nesse caso também não era imperioso ser amável. E aquela moça linda quebrou todos os parâmetros que eram do meu conhecimento com aquele sorriso “180 graus”.
Não pensem que fiquei só nisso. Fui até o Google e perguntei: qual a diferença entre Riso, sorriso e só risos. O cara me respondeu que sabia da seguinte maneira: Riso, sorriso e gargalhada. Ou seja, o sorriso é uma mímica facial associada à expressão de alegria e da receptividade. O riso, diferentemente do sorriso, envolve vocalização. E a gargalhada deriva do riso e pode ser compreendida como um riso em alta intensidade.
Pois essa menina era só risos quando me atendeu. Pudera o Banco adquirisse esse comportamento, caso isto ainda não tenha acontecido. Não dói, e essa relação funcionário-cliente e cliente-funcionário pode ser bem-vinda. Distenciona a relação, amenizando aquela hermeticidade do atendimento

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