Por Santo Tito

Para quem, por anos a fio, parecia estagnada no seu desenvolvimento arquitetônico, São Paulo do Potengi inegavelmente deu um salto fenomenal em muito pouco tempo. A visão do todo tornou-se bem mais arejada. A exemplo disso, hoje quem chega em lagoa de Velhos consegue ver uma nova cidade. O mesmo já aconteceu em Serra Caiada.

Embora existam muitos espaços vagos precisando de serem preenchidos com algumas obras ou atendimentos sociais, os munícipes sempre serão aquinhoados com aquele mínimo que faz jus aos ardentes desejos de uma pequena maioria, ou o termo pode ser transmutado para uma grande maioria, se assim deixarmos o nosso leitor mais satisfeito. Nenhuma administração consegue atender a todos. Isso faz com que os oposicionistas sejam possuidores do maior número de argumentos. E aquele que se postou ao lado da situação, mesmo vendo que alguma coisa não está de acordo com os seus interesses, não tem poderes para arguir de forma contrária.

Esquecendo esses lados administrativos, o que é bom lembrar são esses anos todos em que várias administrações detiveram o poder e nada fizeram de dignificante para tirar da lama a rua de apenas um quarteirão de todo um bairro inteiro.

Mas o que mais interessa é que isto se trata de um dado nada enobrecedor que passará a ser pauta de um passado a ser transferido para o total ostracismo, pois o que foi anunciado recentemente através das mídias sociais encheu alguns corações de entusiasmo. Principalmente os de uns poucos moradores que moram após o final do calçamento existente na rua Manoel Henrique, no sentido Hospital Regional/Rio Potengi, num montante de quatro famílias. O sofrimento e a agonia das senhoras que comandam essas casas todos sabemos qual é. Duas oficinas que trabalham com veículos automotores também estão sediadas naquele local. Uma de lanternagem e outra de manutenção.

Agora vou querer me imiscuir nesse assunto para dizer o seguinte: Nós homens não sabemos o que é estar com a roupa no varal, uma panela no fogo e uma casa para varrer e limpar todos os móveis para um Santo Tito qualquer, a seu bel-prazer, dar um cavalo de pau e bagunçar o coreto, jogando a poeira do mundo dentro da nossa casa. Nem gripado é possível ficar.

Quem mora na parte calçada dessa rua e, à tardinha, senta nas suas cadeiras, postas naquele passeio público para se refrescar um pouco, vê como a garotada passa com suas motos por ali, escape aberto e a toda velocidade. No pensamento fica a impressão de que vão atravessar o rio voando.
Mas, se for a vontade do Criador, é de se acreditar que essa empreitada administrativa não deva ser em vão. Os moradores dali, agradecidos, deverão ter com a rua o mesmo cuidado que têm com suas casas. Nunca pensem que a rua é da prefeitura. O administrador passa e a rua fica.
Agora vamos preparar a festa para nos regalarmos com a finalização da obra. E que tudo se transforme só em ALEGRIA.

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