Por @silverioalvesfilho

Faço tratamento para ansiedade há mais de 15 anos.

Passei por diversas medicações, destinadas especialmente aos sintomas de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), sempre presente; depressão, algumas vezes presente; ansiedade severa, algumas vezes presente; desatenção, presente de modo intenso nos últimos anos; e de dissociação da realidade, presente apenas em um único período, na adolescência.

Atualmente, tomo de modo diário Venlafaxina 150mg, para ansiedade, e atomoxetina 60mg, para os sintomas de desatenção, que podem ou não ser fruto de um TDAH tardiamente diagnosticado, conforme explicarei depois.

Os principais desafios do estágio atual estão relacionados à dificuldade de regulação do “senso de recompensa” e desenvolvimento de bons hábitos.

Nesse ponto, vem ajudando a abordagem da terapia cognitivo comportamental, que eu deveria ter começado há tempos, mas só comecei neste ano.

A terapia faz perceber que a medicação não traz a solução, mas apenas a janela de oportunidade. A solução passa pela adequação do comportamento (em linhas gerais, cada caso é um caso).

E a dor, além de oportuna, é necessária para esse processo.

Por isso, a função do remédio não é acabar com a dor, mas torná-la suportável.

Quem foge da dor não supera a ansiedade.

É sobre isso que falarei no nosso novo quadro: “A caminho da serenidade”.

Nos vemos lá.

Um dia de cada vez.

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