A Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim (Sesad) investiga uma tentativa, por uma mulher, de alteração de laudo médico para conseguir ser vacinada contra a covid-19 nesta semana. “A Sesad estava vacinando pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Uma mulher chegou com um laudo com a indicação de que tinha doença pulmonar obstrutiva, mas não era crônica. Ao saber que não poderia ser vacinada, ela acrescentou, de próprio punho, a palavra ‘crônica’. A mulher fez isso praticamente na frente dos profissionais”, detalhou a pasta em nota à TRIBUNA DO NORTE.
“Nós não aceitamos o laudo e ela não foi vacinada, deixando o local rapidamente, talvez com medo de que a equipe retivesse o documento para fazer uma denúncia”, descreveu a Sesad Parnamirim. O caso aconteceu no drive-thru do Parque Aristófanes Fernandes, no último dia 8. “Não foi [tentativa de] fraude médica e nós da Sesad reforçamos que estamos adotando todos os cuidados na hora de avaliar a documentação de quem chega para se vacinar.
Recebemos laudos, receituários, atestados ou relatórios médicos emitidos com até seis meses antes da pessoa procurar se vacinar. Todos têm que conter, obrigatoriamente, o carimbo e o CRM do médico, em papel timbrado”, acrescentou a Sesad.
A pasta explicou também que, caso seja identificada alguma fraude ou suspeita, a orientação é que os profissionais retenham a documentação para que seja feita uma denúncia ao Ministério Público Federal (MPF). Nesta quarta-feira (19) a Sesad Parnamirim inicia a imunização para pessoas com 35 anos e mais que tenham comorbidades. Na quinta-feira (20), será a vez de quem tem 30 anos e mais com comorbidades; na sexta-feira (21), serão vacinadas as pessoas com 25 anos e mais que tenham comorbidades.
O Ministério da Saúde (MS) estabelece que, nessa fase da vacinação, pessoas com comorbidades como hipertensão, doenças cardíacas, síndrome de Down e outras, são consideradas prioritárias dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI). Para comprová-las, é preciso apresentar exames, relatórios, receitas, prescrições médicas ou diagnósticos. Cerca de 17 milhões de pessoas entre 18 e 59 anos integram o grupo prioritário para essa etapa, segundo estimativas do Governo Federal.