Por Silvério Alves, Editor do Blog SA

Lá se vão mais de 60 anos, eu era menino, na Boa Vista dos Raimundos, zona rural de São Paulo do Potengi, onde nasci e morava com a minha família.

Me lembro muito bem, que na noite da véspera de Santo Antônio (um dos santos mais queridos do mundo cristão católico), na residência do senhor Luiz Carneiro (nosso vizinho) dona Antônia do Rosário, cunhada do senhor Luiz, realizava uma novena em homenagem a Santo Antônio. O evento pertencente a religiosidade popular católica, reunia a vizinhança no terreiro da casa, onde era feita uma fogueira. Naquele local se rezava o Terço de Nossa Senhora, se soltava fogos de artificio, se assava milho, a meninada fazia a festa e os adultos conversava entre si.

Era uma beleza de celebração, onde todos se respeitavam, num tempo em que não existia celular, internet, muito menos zap zap, nem televisão. Rádio, quem tinha (era bem poucos) era considerado rico. A juventude, especialmente as jovens, na maior alegria e diversão faziam adivinhações para conseguir casamento.

Um detalhe: Na novena não existia botequim, nem venda de bebida alcoólica, pois Dona Antônia não permitia. Mesmo assim todos se divertiam festivamente em torno da fogueira.

Viva Santo Antônio.

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