Os bastidores políticos nunca tiveram tão intensos no Rio Grande do Norte como nestes últimos dias. A semana atual é apontada como importante para a formação das chapas de situação e oposição para concorrer à sucessão de Governo e Senado. Isso porque decisões importantes estão na iminência de acontecer. Uma delas é a definição do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), sobre se romperá com o Governo do Estado, anunciando candidatura a governador e preenchendo o palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado.

Além dele, espera-se também a decisão do deputado federal Walter Alves (MDB) e do seu pai Garibaldi Alves, que querem marchar unidos a Ezequiel na próxima campanha eleitoral. Outra expectativa recai sobre o veredicto do Tribunal Superior Eleitoral, esta semana, sobre a ilegibilidade do ex-governador Robinson Faria, que tenta ser candidato a deputado federal.

Ainda aliado da governadora Fátima Bezerra (PT), o deputado Ezequiel tem sido encorajado pelo ministro e candidato a senador Rogério Marinho (PL) para encabeçar a chapa de candidato ao Governo da oposição, armando o palanque ideal para o presidente Jair Bolsonaro. Com uma legião de prefeitos e mais de 15 deputados estaduais, Ezequiel é apontado como o candidato mais competitivo para enfrentar a governadora Fátima e o presidente Lula nas urnas. O desafio de Ezequiel será justificar aos eleitores o motivo pelo qual não rompeu antes com o Governo, entregando as três secretarias e os demais cargos indicados por ele na administração estadual.

Outro problema que Ezequiel enfrenta é um processo judicial no qual é réu. Isso pode ser obstáculo tanto para a sua imagem como para a viabilidade legal de uma candidatura. Neste ponto, Ezequiel estaria apostando na influência e prestígio do ministro Fábio Faria (PP), a ser provada esta semana justamente na possível vitória do seu pai, Robinson Faria, no TSE. Uma vitória de Robinson seria a prova inconteste da força dos Faria junto à justiça. Além disso tudo, o presidente da Assembleia aguarda o resultado de uma pesquisa qualitativa e quantitativa detalhada para nortear esta que é uma das decisões mais difíceis da carreira política.

Já o deputado federal Walter Alves e o seu pai Garibaldi Alves estão aguardando a definição de Ezequiel Ferreira. A verdade é que o ex-senador Garibaldi Alves não deseja subir no palanque de Jair Bolsonaro e estaria passando inclusive por uma depressão em função deste cenário. Garibaldi foi ministro e aliado do ex-presidente Lula, com quem tem mantido diálogo sobre a eleição deste ano.

O cenário ideal para Garibaldi era que o presidente da Assembleia Ezequiel desistisse de candidatura própria e indicasse Walter Alves para ser o vice-governador da chapa de Fátima Bezerra. Em conversas particulares, Garibaldi aponta esta configuração como a mais promissora e de menor riscos para a sua família e para Ezequiel Ferreira.

Novo Notícias – Foto: João Gilberto/ALRN

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