Por 40 votos a 33, os senadores aprovaram, nesta quinta-feira (15/7), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, na segunda etapa da sessão do Congresso Nacional. Momentos antes, os deputados tinham aprovado a matéria por 278 votos a 145, com uma abstenção — como prevenção da covid-19, as reuniões ocorreram separadamente, no formato semipresencial. A matéria, agora, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
O valor destinado ao ‘fundão’ praticamente triplicou, saltando de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, o total de verbas destinadas ao Fundo Eleitoral em 2022.
Esse fundo foi criado pelo Congresso Nacional em 2017, após o Supremo Tribunal Federal (STF) proibir, dois anos antes, doações de pessoas jurídicas a candidatos a cargos eletivos. De acordo com a legislação, recebem mais recursos do fundo os partidos com as maiores bancadas de deputados e senadores — PSL e o PT, no caso, seriam os maiores beneficiados.
Com a aprovação da LDO, o Congresso fica liberado para o recesso parlamentar, previsto para o período de 18 a 31 de julho.
A LDO 2022 determina as metas e prioridades para a elaboração e a execução da Lei Orçamentária do ano que vem. O substituivo do relator prevê um deficit de R$ 177,5 bilhões — R$ 170,47 bilhões nas contas do governo federal, o equivalente a 1,9% do PIB; R$ 4,42 bilhões das estatais e R$ 2,6 bilhões de estados e municípios.
Com informações de Correio Braziliense
Do Blog: Com o Brasil vivendo uma terrível pandemia, que já tirou a vida de mais de mais de 500 mil pessoas, com uma inflação galopante, com milhões de pessoas passando fome, com 14 milhões de desempregados… a atitude do Congresso Nacional, em aprovar uma quantia tão absurda de quase 6 bilhões de reais, para se gastar em campanha política, é lamentável. Citando o jornalista Boris Casoy: “Isto é uma vergonha”.