Por @silverioalvesfilho

Farei algumas análises sobre os resultados das eleições em São Paulo do Potengi. Peço que, caso alguém discorde, critique de modo fundamentado. Ontem, por exemplo, expliquei que o MDB é mais forte do que o PL em São Paulo do Potengi. Muita gente não gostou, mas ninguém refutou.

Como todos sabem, sou filiado ao PT potengiense, mas optei por tomar um caminho diferente do partido em 2024. Expliquei minhas razões de modo detalhado em vídeos publicados aqui no blog. Muita gente não gostou, mas ninguém refutou.

Eis o resumo da motivação: a condução atual do partido favoreceu a derrota de Fátima em 2022 no município e favoreceria a derrota da esquerda aqui em 2026; o prefeito reeleito provavelmente estará contra o PT em 2026, em razão da proximidade com Rogério e Styvenson e a liderança que sua esposa vem construindo junto ao PL; por fim, a compreensão de que a esquerda potengiense deveria focar na construção de uma liderança orgânica e na formação de militância, especialmente entre os jovens, os quais hoje quase não possuímos em nossas fileiras.

Contudo, uma vez tomada a decisão pelo partido, respeitei e não agi para interferir, nem mesmo quando foi permitido que bolsonaristas concorressem pela federação.

Eu não poderia participar dessa conjuntura, especialmente diante dos objetivos que tenho para além de São Paulo Potengi, em relação aos quais não deve haver nenhuma dúvida quanto ao meu comprometimento ideológico.

Mas entendi que a escolha era necessária à manutenção da cadeira do partido na Câmara, como de fato foi.

Eu sabia que a Federação só elegeria um, que seria do PT. Então, optei por não apoiar a federação, a fim de não correr risco de que elegesse dois nomes e o segundo fosse bolsonarista. Publiquei um vídeo no blog dizendo isso expressamente.

O que eu não disse em momento anterior, para não prejudicar o partido, mas agora posso dizer, é que a cadeira do PT seria (e foi) mantida com votos de bolsonaristas, esperançosos com uma matematicamente impossível segunda vaga.

A curto prazo, uma estratégia genial! Já imaginou utilizar bolsonaristas para manter a cadeira do PT (risos)? Fiquei feliz com a eleição de João, especialmente por este detalhe inrônico.

Porém, mantenho minha crítica em relação à necessidade termos um projeto progressista de médio e longo prazos que vá muito além da manutenção de uma cadeira na Câmara.

É para isso que eu vou lutar.

E com a certeza de que, em 2026, estaremos no mesmo barco.

Com a apuração finalizada nas eleições municipais de 2024, o MDB consolida sua força política no Rio Grande do Norte, elegendo 45 prefeitos e 30 vice-prefeitos em todo o estado. O resultado representa um crescimento em comparação às eleições de 2020, quando o partido havia conquistado 39 prefeituras. Crescimento de 15% no número de prefeitos eleitos.

Segundo Walter Alves, presidente estadual do MDB e vice-governador do RN, o desempenho deste ano reafirma a confiança da população nas propostas do partido. “Esse resultado reflete o trabalho que o MDB vem realizando ao longo dos últimos anos, sempre em busca do desenvolvimento de nossos municípios e da melhoria da qualidade de vida da nossa gente. Estamos muito felizes com a confiança renovada dos eleitores”, disse.

Em 2020, o MDB já havia mostrado sua força ao eleger 39 prefeitos e 31 vice-prefeitos. Mais uma vez, o MDB teve sucesso em diversas regiões do RN, refletindo a capilaridade e o alcance do partido em diferentes realidades e desafios municipais. “O fortalecimento do MDB nos municípios é fundamental para que possamos continuar atuando de forma próxima e eficiente, trazendo melhorias concretas para o nosso estado”, completou Walter Alves.

Após sucessivas gestões, finalmente o deputado estadual Tomba perdeu uma disputa pela prefeitura de Santa Cruz.

Coube a Aninha de Cleide (MDB) a proeza.

Participaram da aliança vitoriosa, dentre outros partidos, o Republicanos, que indicou o vice, Nielmo, e a Federação Brasil da Esperança (formada por PT, PV e PCdoB).

Tomba foi destronado.

E Walter Alves sorriu.

Natália Bonavides fez história ontem, 6.

Com ela, após 28 anos, finalmente o PT conseguiu participar do segundo turno da disputa pela prefeitura da capital.

A última vez havia sido com Fátima Bezerra, em 1996.