Por Ivan Lopes, Cidadão, Professor e Jornalista – via facebook
Acredite no que quiser, mas respeite a dor daqueles que perderam seus entes queridos sem o direito ao menos de um velório digno.
Não é alarde e nem pânico. Cerca de 95% das pessoas que serão contaminadas pelo coronavírus conseguirão sobreviver. O problema é que se fosse apenas 1%, e essa pessoa fosse um parente nosso, faria a diferença!
Em escala mundial já morreram mais de 108 mil pessoas em menos de 4 meses. No Brasil já foram mais de 1.100 em menos de um mês. Para algumas pessoas que estão politizando o assunto, esses números devem ser esquecidos, atá porquê, segundo eles, as pessoas morrem de qualquer jeito!
Olhemos os números de mortos nos países do primeiro mundo como é o caso da Espanha, Estados Unidos e Itália. Será que dá pra brincar? Será que dar para menosprezar quase 100 conterrâneos nossos que estão morrendo por dia no Brasil?
Para alguns bolsonaristas radicais, esses números são divulgados pela imprensa porque faz parte de um plano para derrubar o presidente do Brasil! Não entro nesta seara, até porque esse tipo de discussão não nos leva a nada.
O que causa estranheza é a falta de empatia das pessoas em relação a um assunto que até outro dia era sagrado: a morte.
Sinceramente, fica difícil acreditar na bondade de pessoas que conseguem vilipendiar o sofrimento fúnebre. Imaginemos o sofrimento de uma pessoa que além de perder um ente querido, ainda é proibido de velar o corpo. Para os radicais que politizam tudo, isto ainda é pouco. O pior é que a maioria dessas pessoas colocam o nome de Deus em primeiro lugar e se julgam disciplinadas e de caráter!
Um pouco de bom senso não faz mal a ninguém. Se não conseguimos acreditar no que estamos vendo de perto, que possamos respeitar a dor daqueles que perderam seus entes queridos até agora.
Ivan Lopes, potengiense de nascimento, reside atualmente na cidade de Laranjal do Jari – Amapá, onde trabalha como Professor e Jornalista. Artigo publicado no facebook de Ivan, no dia 11 de abril do corrente ano.