A Polícia Federal deu detalhes sobre a Operação Hecatombe, deflagrada na
manhã de hoje (6) na Região Metropolitana de Natal e em Cerro Corá. Ao todo, 17
pessoas foram presas por suposta participação em grupo de extermínio, entre
elas, cinco policiais militares – dois seguem foragidos. A Polícia Federal
disse que uma delegada, um promotor de Justiça e um agente da Polícia Federal
seriam alvos da quadrilha.
Em entrevista coletiva na sede da PF no Rio Grande do Norte, o
superintendente Kandy Takahashi disse que o grupo investigado era “de
extrema periculosidade e bem articulado”. Uma lista com nomes de supostos
próximos alvos foi encontrada pelos investigadores com o grupo, que é apontado
como responsável por pelo menos 22 homicídios e cinco tentativas de homicídio.
Os crimes seriam encomendados e teriam ligação com controle de pontos de venda
de drogas.
No entanto, a presença de uma delegada, promotor e agente da PF estariam
associadas a possíveis investigações sobre o grupo. Kandy Takahashi, no
entanto, não detalhou quais seriam as investigações e manteve em sigilo os
nomes dos supostos alvos. A Polícia segue na investigação e em busca dos quatro
foragidos.
Atuação
Informações não oficiais dão conta de que a quadrilha tinha pelo menos
sete policiais militares. O grupo de extermínio costumava fazer reuniões em um
restaurante na estrada de Genipabu, no litoral norte do Estado, onde decidiam
como seriam os crimes encomendados. Um dos membros da quadrilha, inclusive,
comandava as ações de dentro de um presídio no Rio Grande do Norte. As
informações, contudo, não foram confirmadas oficialmente.
Durante a investigação, foram encontradas provas do envolvimento do
grupo de extermínio em 22 homicídios consumados e em outras cinco tentativas de
assassinato. Os motivos das execuções eram os mais variados e iam desde crimes
encomendados por terceiros, mediante pagamento de quantias em dinheiro,
disputas pelo controle de pontos de venda de drogas, meras brigas e discussões,
até a queima de arquivo, com a eliminação das testemunhas dos crimes
perpetrados pela quadrilha.
Para chegar ao grupo, a Polícia Federal interceptou ligações
telefônicas, utilizou escutas escondidas e colheu depoimentos de testemunhas
que estão sob proteção. Com a confirmação sobre a atuação, a Polícia conseguiu
na Justiça os mandados para a prisão do grupo.
Da TN Online