O saldo da mobilização de ontem na CMN foi desolador: três estudantes detidos, dois feridos (um com a necessidade de cuidados especiais), patrimônio público depredado e tensão. A tropa de choque da Polícia Militar foi acionada, mas não conseguiu acalmar os ânimos. Ao contrário, entrou em guerra contínua com os manifestantes. Os policiais alegam que precisaram do manejo de cacetetes e sprays para conter o quebra quebra contra o prédio da Câmara e os transeuntes. O outro lado refutou: “fomos covardemente violentados”.
Os vereadores, no plenário, não escondiam o medo. “Estamos acuados. Dessa forma não podemos votar nada de acordo com nossas convicções”, disse um parlamentar da bancada governista. Carlos Eduardo tem 20 vereadores na sua base de sustentação. Com a agressividade a olhos vistos do lado de fora, muitos pediram para que as portas da Casa fossem trancadas. Por um momento, ninguém entrava e ninguém saía.
O clima tenso, não houve recuo de parte a parte. Somente após o recolhimento dos três manifestantes às Delegacias de Polícia houve um arrefecimento por parte dos manifestantes. Os policiais se defendiam como podiam: “quebraram a vidraça da Câmara, jogaram objetos contra nós. Agimos de acordo com nossa obrigação”.
Para hoje, os manifestantes já avisaram que a atenção será redobrada. Eles exigem a aprovação do projeto, mas mesmo que seja posta em prática a proposta não dispõe de uma maioria considerável de apoiadores entre os parlamentares.
TN Online