Bolsonaro discursa em ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.

Por Gerson Camarotti

Causou um grande mal-estar entre integrantes da ala militar do governo a fala do presidente Jair Bolsonaro neste domingo (19) para manifestantes que pediam intervenção militar, volta do AI 5, fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, em um ato na frente do Cartel General do Exército, em Brasília, por dois motivos.

Primeiro, por colocar as Forças Armadas numa situação de constrangimento ao participar de um ato com a democracia.

Segundo, por estar presente em uma aglomeração de pessoas, algo que vai de forma contrária ao que têm pregado as autoridades sanitárias internacionais, como a Organização Mundial da Saúde, e, inclusive, o Ministério da Saúde, para o combate  à propagação do coronavírus.

De acordo com relatos ao Blog, até mesmo generais já demonstraram incômodo para os colegas que participam do governo.

Ministros próximos ao presidente Bolsonaro também externaram surpresa com o gesto dele, e temem que esse tipo de conduta acabe aumentando o isolamento do presidente.

Ao Blog, um influente general ressaltou “que as Forças Armadas estão imunizadas contra o vírus antidemocrático”.

Gerson Camarotti, é comentarista político da Globo News, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e da CBN. É colunista do G1 desde 2012.

Do Blog. O mal-estar provocado por Bolsonaro, não ocorreu só  entre integrantes  da ala militar do governo, também ocorreu em todos os setores da  sociedade democrática brasileira. apoiar a volta do AI 5 (o mais perverso e famigerado ato do período ditatorial), o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, são atitudes ditatoriais totalmente contrárias  ao Regime Democrático de Direito.

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