O Potiguar
Por Daniel Menezes
Muitíssimo importante e, ao mesmo
tempo, grave a denúncia de que o Natal em Natal será viabilizado com verba, que
seria destinada para a construção de bibliotecas públicas. O festejo natalino é
legal, mas uma árvore de Natal não pode ser mais relevante do que uma
biblioteca pública. É necessário enfrentar tal inversão de valores.
Triste de um prefeito que prefere enfeitar a cidade com
pisca-pisca, ao invés de criar espaços para os estudantes. Natal segue sua sina
de praticamente não ter nenhum local adequado para o estudo e leitura.
Vale notar o relevante trabalho de fiscalização ensejado
por Sandro Pimentel, parlamentar reeleito pelo PSOL.
Do Portal Agora RN
Por: Manoel Adalberto
Vereadores aprovaram nesta
quinta-feira (24) um requerimento convocando a secretária municipal de
Planejamento, Virgínia Ferreira, e o secretário de Cultura de Natal, Dácio
Galvão, para prestarem esclarecimentos acerca de investimentos municipais no
Natal em Natal. Em decreto assinado no último dia 3 pelo prefeito Carlos
Eduardo (PDT) e pela secretária Virgínia, a Prefeitura remaneja para a festa
recursos de áreas como construção de bibliotecas públicas, valorização do
cordel, capacitação cultural, arte educação, produção de material gráfico
literário e documentação do patrimônio histórico e cultural.
O requerimento foi de
autoria do vereador Sandro Pimentel (PSOL), que criticou a medida do prefeito.
“Ele disse que não iria gastar o dinheiro do município com o Natal em Natal
devido à crise financeira. Disse que o dinheiro a ser gasto seria da iniciativa
privada, agora tira dinheiro de áreas importantíssimas para gastar na festa.
Mas nosso jurídico já está trabalhando num decreto legislativo que, se aprovado
na Câmara, vai anular o ato do prefeito”, disse, informando que a audiência com
os secretários está marcada para o dia 1º de dezembro.
Em plenário, a vereadora
Eleika Bezerra (PSL), que destinou os recursos para construção de bibliotecas,
também lamentou a decisão da prefeitura. “Não se quer que Natal seja uma cidade
leitora. O interesse é de que a população seja ignorante e manipulável. Eram R$
4 milhões de reais para construção de bibliotecas, uma em cada zona da cidade,
mas agora terminaram de ‘raspar o taxo’”, disse.
No total, foram retirados
R$ 272.860,63 da manutenção e funcionamento da FUNCARTE, R$ 51 mil da
preservação e conservação de bens imóveis, R$ 270 mil previstos para
documentação do patrimônio histórico e cultural da cidade, R$ 4,8 mil de arte
educação, R$ 2 mil de capacitação cultural, R$ 1 milhão que seria investido na
construção de bibliotecas públicas municipais, R$ 130 mil que seria destinado
para valorização do cordel, e R$ 80 mil que seria para produção de material
literário. Ao todo, foram transferidos 1.810.660,63 para o Natal em Natal.
O vereador líder do governo
na Câmara Municipal, Júlio Protásio (PDT) disse que a prefeitura é transparente
e vai aceitar a convocação dos vereadores. “Elogio o vereador Sandro Pimentel
pela vigilância e pelo alerta. Como o governo é sério, traremos os secretários
para explicarem e esclarecerem os custos com o Natal em Natal”, disse.
O decreto nº 11.121 foi
publicado no Diário Oficial do Município no dia 4 de novembro e pode ser
acessado aqui.