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Curitibana de 22 anos, Taciana Pereira é bolsista de bioengenharia na Universidade de Harvard (Estados Unidos da América) e foi uma das presidentes da megaconferência que reuniu do juiz da Lava Jato, Sergio Moro à ex-presidente Dilma Rousseff


O Brazil Conference – megaconferência que reuniu nos Estados Unidos a elite política brasileira – foi liderado por uma estudante de 22 anos que busca a cura do câncer na Universidade de Harvard. Aluna da instituição desde 2014, a curitibana Taciana Pereira foi uma das presidentes do evento, responsáveis por organizar a série de painéis, debates e palestras, que reuniram nomes como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o juiz federal Sérgio Moro. No discurso de encerramento do evento, a jovem universitária levou o magistrado às lágrimas.

Aluna do quarto ano do curso de bioengenharia, Taciana conquistou uma bolsa de mais de 90% para estudar em Harvard e hoje desenvolve pesquisas relacionadas à cura do câncer. Na fala, abordou a falta de incentivo ao conhecimento científico no Brasil e defendeu maior aporte de recursos às pesquisas. É por meio da educação que ela acredita ser possível mudar o sentido da frase “tinha que ser brasileiro…”. Neste ponto, emocionou o juiz que julga os processos da Lava Jato.

“O Moro chorou quando eu estava falando. O resto do time da organização viu e veio me contar. Eu achei legal que ele ficou para ver [o discurso]”, disse Taciana. “A frase ‘tinha que ser brasileiro…’ é algo que se diz quando algo dá errado. Eu quero que a gente consiga mudar isso. Eu quero que, quando alguém desenvolve uma patente, faça uma publicação ou ganhe o prêmio Nobel, as pessoas digam: ‘Tinha que ser brasileiro…’”, completou a estudante.

A fala de Taciana não tocou apenas Moro, mas também sensibilizou outros universitários de Harvard e do Massachusetts Institute os Technology (MIT) que acompanhavam a conferência. “A gente conseguiu inspirar muitos jovens. Muitos estudantes mandaram mensagem, dizendo que querem voltar ao Brasil, trabalhar pelo Brasil, coisa que não pensavam [em fazer] antes”, disse.

Filha de funcionários públicos – a mãe, da área da educação; o pai, da saúde –, Taciana cresceu no bairro Água Verde, em Curitiba. Gostava de jogar futebol com o irmão e com os primos. A afinidade com os esportes lhe abriu as da Escola Internacional de Curitiba, onde ganhou uma bolsa-atleta para estudar. Ali, decidiu que tentaria realizar o sonho de estudar em Harvard.

“Você pensa que só entram em Harvard pessoas de nome, muito ricas ou gênio. Na verdade, eu não sou nem gênio, meu sobrenome é Pereira e não sou rica”, apontou.

Fonte: Gazeta do Povo

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