A previsão climática é realizada pelos núcleos de meteorologia do Nordeste. Para 2018, observou-se a presença do Fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, situação que é favorável a ocorrência de chuva na região Nordeste. Essa situação causada por essa onda planetária deverá permanecer por mais alguns dias (dias 19 a 20 de março de 2018), quando, então as condições para ocorrência de chuvas deverão voltar a acontecer sobre a região.
Para o caso do oceano Atlântico Norte foi observado uma evolução favorável entre os meses de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018 no que diz respeito as temperaturas do Atlântico Norte e Atlântico Sul.
As condições favoráveis continuam presentes e o fato de março de 2018 ainda não ter chovido de forma normal, com um veranico na primeira quinzena do mês, está relacionado com a variação intrasazonal, que pode ser traduzida como a presença de subsidência (alta pressão), causada por uma onda planetária na sua fase positiva sobre o Nordeste Brasileiro. Essa onda planetária é uma oscilação que circula o planeta, apresentado fases positivas e negativas, quando positiva o ar desce sobre uma determinada região dificultando a formação de chuvas, quando a fase é negativa o ar é forçado a subir e facilita a formação de chuvas.
Existe boa correlação estatística com o que ocorre na região da Oceania, de que 30 a 60 dias viria a ocorrer sobre a região Nordeste do Brasil.
Como a figura mostra, estamos ainda sob a influência da fase positiva e nos próximos dias essa fase deverá mudar, entrando numa fase mais favorável para a ocorrência de chuvas sobre a região Nordeste. Esse mesmo sistema causou boas chuvas durante o mês de fevereiro de 2018, quando estava na fase negativa.