Por @silverioalvesfilho

Ontem, 26, em São Paulo do Potengi, participei do lançamento do livro de Leandro Levy, feito de sua monografia em Artes (UFRN), intitulado “A Saga de Monsenhor Expedito e seu Povo – Uma História de Liberdade e Vitória”.

Destaco o apoio do vereador Allysson para a realização do evento, bem como a fala do vereador João Paulo, que ressaltou a importância de protegermos a memória do Padre, por meio de trabalhos artísticos, científicos, audiovisuais, já que essa memória, de certo modo, é também a memória da nossa comunidade.

Em minha fala, apresentei algumas iniciativas que, com a nossa participação, vêm sendo tomadas.

A professora Cássia, do IFRN/SPP, vem orientando a pesquisa de um aluno da instituição sobre as cartas de Monsenhor Expedito.

Segundo ela me passou, o resultado dos estudos estão sendo extraordinários. A título de exemplo, no memorial há cartas escritas por Monsenhor Expedito em diversos idiomas, destinadas a importantes personagens nacionais e internacionais.

De nossa parte, apresentamos uma proposta para produzir um documentário sobre a vida do padre, a ser custeado com recursos que a Lei Paulo Gustavo destinou a São Paulo do Potengi.

Fomos classificados e, assim que o recurso entrar, começaremos a análise de documentos, a coleta de depoimentos e a gravação do conteúdo.

Os estudos científicos, jornalísticos e audiovisuais são fundamentais para a manutenção da memória do do Profeta e, por consequência, da nossa comunidade.

Mas não haverá como escrever livros e produzir documentários se não houver como analisar as cartas, as fotografias retiradas pelo padre e os vídeos por ele gravados, a cada dia mais deteriorados pelo tempo.

Com os meios tecnológicos atuais, não há justificativa razoável para que o poder público ainda não tenham digitalizado e publicado esse acervo completo na internet.

Não há justificativa razoável para que o legado de um dos principais padres católicos nordestinos do século XX, cujo trabalho ficou conhecido internacionalmente, esteja se deteriorando porque as autoridades públicas agem como se não existisse.

Não basta dizer que preserva, é preciso preservar efetivamente.

Essa não é uma questão de agora, nem de política partidária.

É uma questão de memória do nosso povo.

Memória que o poder público tem obrigação moral de proteger.

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