Por @silverioalvesfilho

Não gosto de cores.

A maioria das minhas roupas são de tonalidades neutras, geralmente preto.

Quando perguntam o motivo, digo que, além do gosto estético, uso preto em referência à música Man in Black, de Jhonny Cash. Identifico-me com o discurso político nela contido.

Mas a verdade mesmo, que eu nunca disse a ninguém, é que sou um pirata filho do Batman.

Se não sou mais, pelo menos já fui um dia, na imaginação, exercitada numa infância feliz e sem traumas.

Filho único de pais velhos, que me tiveram aos 36, depois de tempos tentando, fui mais que planejado, fui sonhado.

Um sonho que, felizmente, refletiu na criação estruturada que me foi dada, fazendo com que eu percebesse com nitidez a importância da família.

Quiseram meu pai e minha mãe que, além do sangue, eu herdasse do meu genitor o nome.

De um lado, uma grande responsabilidade: aonde eu for, estarei sempre à sombra do grande homem cujo nome carrego.

De outro, uma alegria: poder levar à frente o legado do meu pai, nos valores e nos atos, mas também no nome, para que não restem dúvidas, nunca, de onde eu vim.

Um dia hei de ser metade do comunicador e do homem que meu pai é.

Um dia hei de ser, também, pai. Que aí, também, possa honrar o nome que me foi dado.

Obrigado, CHEFE.

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