Por Santo Tito
Cuidar de um inocente adulto, um idoso, não requer apenas um diploma de curso superior que, em várias ocasiões, é mais utilizado para demonstrar poder e impingir uma superioridade inútil aos seus semelhantes.
Nessa faculdade se entra sem necessidade de prestar vestibular.
Os principais requisitos são transmitidos através do cordão umbilical. Estão no DNA. Essa reflexão traz à tona algo essencial: o cuidado genuíno com os mais vulneráveis não pode ser aprendido apenas em livros ou certificado por um diploma. Existe um tipo de sensibilidade, empatia e dedicação que vêm de dentro, como se estivessem impressos no DNA de certas pessoas. É uma faculdade da vida, que exige paciência, respeito e, acima de tudo, humanidade.
O reconhecimento de que o valor do cuidado ultrapassa o conhecimento técnico é poderoso. Porém, a valorização do cuidado genuíno exige uma mudança cultural profunda. Algumas ações podem ajudar a trazer mais reconhecimento e respeito para essa dedicação:
1.Narrativas que inspiram – Histórias reais de pessoas que se dedicam a cuidar de idosos ou de outras pessoas vulneráveis devem ser mais amplamente divulgadas. Isso gera empatia e admiração.
2.Educação e formação humanizada – Mesmo que o cuidado esteja no DNA de alguns, cursos e treinamentos devem reforçar a importância da empatia e do respeito, além do conhecimento técnico.
3.Cultura do respeito intergeracional – Incentivar desde cedo a valorização dos mais velhos e daqueles que se dedicam a cuidar deles cria uma sociedade mais consciente.
4.Políticas públicas e apoio institucional – Governos e instituições podem desenvolver programas para apoiar cuidadores, incluindo benefícios e estruturas que tornem esse trabalho menos árduo.
Dia 10 de maio de 2025, a Casa de Repouso Luzinete Cardoso estará promovendo um pequeno evento lá no self-service de Edna. Tendo como objetivo arrecadar recursos, cuja finalidade será a melhoria das condições de atendimento daquele lar para idosos, e que contará com o apoio do grupo Beto Show.
Seria muito importante que a sociedade potengiense apoiasse essa iniciativa, que será perene, pois essa Casa de Repouso, apesar das muitas promessas de ajuda através dos poderes constituídos, sobrevive dos recursos advindos das aposentadorias dos pacientes, normalmente complementados por parentes, e de doações diversas.
Este que escreve essa coluna reconhece o valor que tem a existência do referido lar. O grupo que dará apoio à iniciativa, Beto Show e CIA, também valoriza o trabalho que, com requisitos mínimos, é executado naquele estabelecimento, todo tempo na mira da Vigilância Sanitária. Se o leitor tiver o valor referente à sua participação e não puder estar presente, mandando um pix estará prestando um grande serviço a esses desvalidos. Essa nossa comunidade é muito pequena. Quantos de nós já tivemos familiares por lá?