
ICL – O ex-assessor do presidente eleito Donald Trump e estrategista da extrema direita Steve Bannon fez gesto alusivo à saudação nazista “Heil, Hitler” em um almoço realizado no domingo (19), em meio às atividades relacionadas à posse do novo presidente dos Estados Unidos, em que estavam presentes parlamentares brasileiros.
No encontro, Bannon fez referência ao partido alemão de extrema-direita AfD e comemorou o fato de a Alemanha ser o próximo país a eleger um governo de direita. A fala foi acompanhada do gesto nazista: braço direito com a palma da mão virada para baixo.
“Nós tivemos uma grande vitória aqui [nos EUA] e estamos ganhando no mundo todo, certo? A próxima parada é a Alemanha. Posso pedir que a Alternativa Para a Alemanha (AfD) se levante? Queremos saudá-los”, disse Bannon.
Steve Bannon em almoço ao qual compareceram vários parlamentares brasileiros (Foto: Reprodução)
Em seguida, Bannon mencionou a ausência do ex-presidente Bolsonaro na posse de Trump, e chamou ao palco o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Perguntando à plateia se Jair Bolsonaro estava presente, comentou: “(…) nós sabemos o porquê. Porque o comunista marxista no Brasil reteve o seu passaporte, e vocês sabem por que eles fazem isso? Porque eles não querem que ele esteja em um palco mundial nos EUA, onde ele é amado por todos, porque ele é um lutador da liberdade”.
Bannon anunciou Eduardo Bolsonaro como “uma das pessoas mais importantes no nosso movimento pela soberania ao redor do mundo. E acho que um dia, e num futuro não tão distante, [será] o presidente do Brasil.” O filho de Jair Bolsonaro, principal organizador da delegação brasileira nos EUA, comparou a trajetória de Trump com a de Bolsonaro, sugerindo que este último pode retornar ao poder em 2026.
Steve Bannon foi um dos coordenadores da primeira campanha de Donald Trump em 2016. Esteve no escândalo da Cambridge Analytica, que comprava dados de redes sociais para influenciar o resultado das eleições de 2016 nos EUA em favor dos Republicanos.
No primeiro governo Trump, foi nomeado como estrategista-chefe da Casa Branca em 2017, mas demitido depois de poucos meses.
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