Por @silverioalvesfilho

Dizia Ferreira Gullar que a arte existe porque a vida não basta.

De fato, a vida sem contemplação da arte é instrumental, preto e branco.

A arte, fruto da cultura, é um aspecto importante da nossa humanidade, que nos distingue do resto das criaturas, pela nossa capacidade de atribuição de sentido e vivência de experiências a partir de gestos, imagens e sons.

Assim, um poema, por exemplo, não é apenas uma série de palavras construindo estrofes, mas um retrato da alma de quem o escreve, que conversa com alma de quem o lê ou o escuta.

Na correria do dia a dia, tão ocupados com trabalho ou estudo (ou os dois), muitas vezes esquecemos que parar um pouco e contemplar a arte, o amor, o afeto. Somos quase “máquinas de carne”, que acordamos, excutamos e entramos em “modo de descanso”.

As vezes, como hoje faço, é bom lembrar de uma singela lição do filme Sociedade dos Poetas Mortos: a engenharia, o direito, o comércio, são coisas importantes para manter a vida.

Mas a arte e o amor são coisas pela quais vale a pena viver.

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