Há décadas, Dona Terezinha, viúva de Seu Luiz de Cecília, cultiva um jardim no canteiro em frente à sua residência, na Rua General Dantas, São Paulo do Potengi.

Lá, flores de cores variadas: rosa, vermelho, amarelo, todas palco para o balé dos beija-flores, como o que eu registrei hoje e publicarei a seguir.

Além da beleza natural, há no local forte simbolismo e sentimento.

Simbolismo, pelo cultivo persistente de flores coloridas num mundo cada vez mais cinza.

Sentimento, presente nas décadas em que Dona Terezinha cultiva as flores. É uma vida que está ali, uma história de zelo, cuidado e afeto.

Ali, naquele jardim, contemplamos algo que está além da estética e da importância urbana do canteiro.

Ali está o retrato da alma de dona Terezinha, como ela própria me disse. Ali estão as lembranças dos sofrimentos e das alegrias de sua vida. Ali está a sua própria vida, na verdade, retratada em flores.

Ali, naquele jardim, há algo a se contemplar e proteger.

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