Por @silverioalvesfilho
Pretendo, a partir de hoje, todos os domingos, Dia do Senhor, realizar uma reflexão aqui no blog. Hoje, escolhi conversar sobre a serenidade.
Passamos por um momento da história no qual o mundo encontra-se extremamente barulhento, nos fornecendo uma gigantesca quantidade de informações aleatórias, a maioria das quais desnecessárias.
Desde a infância, as crianças são incetivadas a ver vídeos infantis aleatórios no Youtube. Os jovens, por seu turno, gastam horas passando reels e vídeos no TikTok, e, quando finalmente acabam, já não lembram nem do que viram.
Uma das consequências dos tempos é o aumento da ansiedade, da inquietude, do estresse. Poucos se resguardam para refletir, meditar, contemplar. “Não temos tempo para isso”, é comum escutarmos.
O problema dessa conjuntura é que cada vez mais passamos a não ter tempo, e cada vez mais é o tempo que passa a nos ter. No turbilhão de informações, não raro encontramo-nos perdidos, à deriva, “só seguindo o fluxo”.
Em momentos como este, é preciso que não só os indivíduos, mas a sociedade também, busquem a clareza. E clareza só existe com pausa, reflexão e serenidade.
Um instrumento que eu gosto de utilizar para me separar desse “barulho” é a “luta pela serenidade”, que consiste basicamente em não se estressar pelo que está fora de alcance, buscar forças para mudar o que está ao alcance e desenvolver a sabedoria para distinguir uma situação da outra.
Só a serenidade nos liberta para viver nesse mundo de informações poluídas e “necessidades” essencialmente desnecessárias. Como uma flor que, teimosamente, nasce sobre os espinhos do cacto.