Por @silverioalvesfilho

São Tomás de Aquino, analisando a perfeição da criação de Deus, escreveu que “a natureza nada mais é do que a razão de certa arte – concretamente a arte divina – inscrita nas coisas, pela qual as próprias coisas se movem para um fim determinado”.

Para ele, a natureza é como a arte, porém mais perfeita do que a arte, na medida em que a natureza contém a assinatura de Deus e se move segundo a soberana vontade d’Ele.

Uma dessas obras da arte divina é o arco-íris, que se origina quando a luz branca solar entra em contato com as gotas de água na superfície, sofrendo os fenômenos de reflexão e refração da luz.

Além de belo, para os cristãos o arco-íris representa também a aliança de Deus com a humanidade (Gênesis 9,14-16). A paz, após a tribulação. A recompensa, após o sacrifício.

A frase de São Tomás sempre me vem à mente quando passo pela igreja evangélica Deus é Amor, na RN, em direção a Lagoa de Velhos.

Na fachada, o arco-íris. Ao lado, uma árvore de flores roxas que nunca morrem, atestando a beleza da arte divina.

Quanta representatividade numa imagem. Representatividade que aumentou com a ressureição da caatinga, motivada pelas chuvas.

A aliança do do arco-íris, a beleza da arte divina insculpida na roseira e a ressurreição da caatinga, nos demonstrando que depois da morte vem a vida.

De fato, uma combinação que nos recorda, conforme ensinado pelo apóstolo João, que Deus é amor (I Jo 4,7).

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