Por Santo Tito, funcionário aposentado do BB
Eu não aprendi, e nem quero aprender a falar na língua do “eu”.
Mas o “farmacêutico” mais popular da região Potengi hoje me obrigou a enveredar por este caminho nada discreto.
Saindo de casa logo cedo, já com o intuito de me dirigir ao sitio, fui à farmácia comprar os remédios normais daqueles que conseguiram alcançar a terceira idade, ou a melhor idade, ou os remédios seniores, ou até os remédios para idosos, seja lá o que for. O que estou querendo dizer é que o meu destino era uma determinada farmácia, porém acabei na de Tiãozinho.
Desde que incorporei o termo “minha vida é uma comédia”, não perco um segundo de uma boa prosa. E lá estava ela. Monara. A farmacêutica de plantão, substituindo a titular Dany, esposa do também farmacêutico Muniz. Pessoa cuja simpatia não rivaliza com o histórico dos notáveis Sebastião Ferreira Neto e Monsenhor Expedito, exatamente porque já os colocamos no lugar que lhes cabem por direito adquirido. Sendo que esses senhores são/ eram adorados pela população menos agraciada de nosso município, e cujo legado foi servir e bem servir esse exército de desfavorecidos.
Após ser muito bem atendido pela Monara, para mim uma eterna desconhecida, tentei me desvencilhar daquela que poderia ser um empecilho para a minha ida ao sítio. Foi uma hora de relógio contada minuto a minuto, e lá estava eu feliz da vida, dando belas gargalhadas. Pense num papo decente e agradável. Naturalmente que perdi o dia, isto é, ganhei o dia pelo inusitado. Em alusão a sua espontaneidade, num dado momento olhei e vislumbrei o retrato de Tiãozinho espetado na parede, logo acima da sua escrivaninha.
Surpresa! Por ser ele um sujeito muito sério e circunspecto, estava rindo com muita naturalidade, o que não era uma coisa do seu feitio. Aí perguntei para a neta de Chico de Aurora qual tinha sido o fenômeno. Ao que ela respondeu ter sido obra da netinha, que na hora de tirar a foto para uma cerimônia havia aparecido.
Agora atentem bem. A finalidade do parêntese foi para voltar à figura da Monara. Minha curiosidade era saber como eles estavam lidando com a ausência do líder em relação a antiga população cativa. Ela mesma, a “sorrisonha” Monara, fez questão de afirmar que Muniz, por ter trabalhado com o próprio Tiãozinho, e sua esposa Dany, ambos farmacêuticos, já tinham noção do que iriam encontrar e, assim como ela, Monara, têm o mesmo espírito “feirante” de se familiarizar com o tipo de clientela herdada.
Sem menosprezo a “A”, “B”, ”C”, “D”, “E”, “F”…..Z. Mas que o novo Layout ambiental da farmácia tem um “q” de Monara, tem. Uma coisa leve, alegre e arejada, que atende aos rigorosos requisitos preconizados na área da saúde.
O Dany, “tô” sabendo que foi tudo idealizado por você, mas eu precisava massagear o ego da “outra”. Também sei que, por experiência própria, vocês “ararão” de reconquistar essa freguesia.