Por @silverioalvesfilho

Hoje escrevemos mais um artigo da série sobre comunicação política.

Analisarei a situação dos pré-candidatos a vereador no interior que não possuem mandato.

Nesses casos, qual a estratégia de comunicação mais adequada para a construção da pré-candidatura?

Alguns acham que é a rapidez: tem de lançar logo a pré-candidatura, para “sair na frente”, a fim de garantir apoios.

“Se demorar demais, as lideranças importantes já terã fechado com outros candidatos”, argumentam.

Eu penso diferente.

Acho que, no caso dos pré-candidatos a vereador sem mandato, a pré-candidatura deve ser lançada apenas por volta de abril.

Primeiro porque a grande maioria dos apoios firmados até lá são “instáveis”, sujeitos a modificação.

Além disso, as pessoas que de fato confiam no seu projeto não deixarão de te apoiar apenas porque você lançou a pré-candidatura só em abril.

Como se não bastasse, quem lança a pré-candidatura muito cedo tende a enfrentar problemas como encarecimento de sua atuação (especialmente se tiver postura assistencialista) e contestação de suas intenções (a atuação e a presença em eventos públicos parecerá interesseira).

O “ansioso” tem mais gastos de (pré)campanha, passa mais tempo sujeito ao ataque de adversários e fica mais vulnerável ao desgaste de sua imagem.

A pré-candidatura tem de ser lançada numa conjuntura em que seja rapidamente conhecida por todo o município, reduza os gastos e não haja tempo para desgaste de imagem.

A conjuntura deve permitir que o pré-candidato siga numa crescente de intenções e visibilidade do início da pré-campanha até o dia da eleição.

Mas como fazer isso na prática?

Aí, você já tá querendo saber demais, companheiro.

Até porque não sou pré-candidato a vereador.

Apesar de que, se fosse, não diria agora.

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