Santo Tito

Até quando?

Algumas cidades já criaram as suas leis municipais abolindo os foguetes tradicionais, isto é, aqueles que geram estampidos danosos para autistas, idosos, doentes, animais, etc.…, muito embora a Constituição Brasileira já preveja horários obrigatoriamente dedicados ao descanso. Mas como tudo na Lei precisa de revisões periódicas, esse é mais um caso passível de uma avaliação que se coadune com os novos movimentos sociais.

Brevemente não haverá a necessidade de ela ser pautada pelas câmaras dos municípios. Os avanços dos danos ambientais causados por estes artefatos da era paleolítica não mais encontrarão amparo para a sua existência da forma como estão projetados.

Já sabemos que existe o antídoto para que apenas os fogos de artificio sejam visíveis, sem que para isso seja necessário criar aquele clima de bombardeio odioso e perturbador.

Inclusive está entrando em pratica uma nova moda a que os motoqueiros estão aderindo, quase que querendo ser avaliados em paralelo com os paredões de som. Para tanto usam canos de escape particularmente barulhentos de modo a adicionar algum ruído demonstrador do que seria a potência do motor.

Aliados a isso vamos retroceder um pouquinho para nos atermos a rapaziada dos paredões. Eles esquecem que vivem em sociedade, e alheios a isso deixaram o diálogo de lado para agredir o seu próprio sistema auditivo. E, não satisfeitos, também os daqueles que se atrevem a invadir o raio de ação de suas máquinas envenenadas.

A única diferença entre dois últimos é que o paredão fica estacionado perturbando, e motoqueiro passa e vai abusar em outra freguesia.

Até parece que esta comunidade não tem apreço pela família, não enxerga o futuro (e nem o presente). Vivem numa bolha. Onde nada lhes atinge, mas eles estão liberados para criar o caos, o antagonismo, o maniqueísmo social.

Santo Tito é funcionário aposentado do Banco do Brasil.

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