Foto ilustrativa

Santo Tito, funcionário aposentado do Banco do Brasil

Em caso de perda de autonomia, as pessoas idosas poderão recorrer a:
Serviço de apoio domiciliário; inexistente
Centro de dia; inexistente
Centro de convívio; inexistente
Acolhimento familiar; ?
Lar de idosos; ?!………

Nesse exato momento – quatro horas e quarenta cinco minutos – estou na frente da televisão escrevendo esse artigo e tive a infelicidade de “reassistir”, com muita revolta, a historia do Entregador negro que apanhou com o guia da coleira do cachorro de uma distinta senhora, muito digna representante da raça ariana.

Cito o fato porque, no seu íntimo, ele reflete um fato de menor importância social, levando-nos a entender termos um incipiente “Lar dos Idosos” que, aos trancos e barrancos tenta minimizar a dor e o desconforto daqueles idosos cujas famílias não dispõem dos recursos necessários para mantê-los em suas residências com dignidade, e ele pode ser fechado por falta d´água.

Como que, tendo de trabalhar para prover a própria família, um trabalhador pertencente a classe social dos menos favorecidos teria que fazer para acolher e manter os seus idosos em casa? Temos um lar para eles? Não temos respostas para esses questionamentos. E elas poderiam existir se aqueles que estão no ápice da nossa pirâmide social, onde também inserimos o Estado, tivessem a curiosidade de olhar para a base.

Imaginem termos de usar água mineral para todos os afazeres das nossas casas. E é isso que está acontecendo lá na Casa de Repouso Luzinete Cardoso. Nós podemos ir ao rio e nos banharmos. E eles? Nesse momento nem a Monsenhor Expedito podem pedir ajuda. Mas os políticos da nossa cidade não medem palavras para admira-lo. Acredito que ele, neste exato momento, tal qual naquela famosa reunião em que proibiu a entrada de agua, está guiando os meus movimentos e a minha argúcia intelectual para pedir em alto e bom som: “SOCORRO”.

A Assistencia Social, ao invés de dar assistencia social, parece que aparece apenas com o intuito de fiscalizar as instalações. Aquele local de real importância pode ser fechado se não atender ao um mínimo de requisitos imposto pelo estado. E aí? Bem, vá lá e acompanhe o dia a dia daqueles abnegados. Ou, senão, perguntem às famílias daqueles que lá foram acolhidos.

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