Por @silverioalvesfilho

No último domingo, estive no Sangradouro da Barragem Campo Grande.

Vi muita gente e muita festa com a beleza da sangria. Mas vi também questões que precisam ser refletidas pela população e pelo poder público.

Uma delas é a segurança dos banhistas. Enquanto eu estava lá, presenciei um homem que, por pouco, não morreu afogado. Ele sabia nadar, mas desconhecia as águas, não sabia onde era fundo ou onde poderia se apoiar.

“Se não conhece não deve ir!”, alguns dirão.

É verdade que cada um é responsável pelo que faz, e sempre terão aqueles mais imprudentes, mas é verdade também que cabe ao poder público agir para reduzir o risco de acidentes no local.

Uma das possibilidades seria a sinalização, feita pela defesa civil ou pelos bombeiros, dos locais mais próprios e seguros para banho. A sinalização teria a finalidade, inclusive, de proteger o poder público do ajuizamento de ações judiciais no caso de acidentes.

Outra questão é a proteção ao meio ambiente.

Cada um de nós deve ter a consciência de preservar o local e, se possível, levar um saco para recolher o próprio lixo.

Mas cabe também ao poder público, nos termos da Constituição, preservar o meio ambiente, por meio da orientação (placas, vídeos, campanhas), disponibilização de locais para jogar o lixo e fiscalização, pelo menos nos dias de maior movimento.

Outra sugestão seria a disponibilização de banheiros químicos.

“É só fazer no mato”, dirão alguns. Mas “fazer no mato” traz risco à integridade física (uma cobra, uma urtiga, um escorregão etc), além do risco moral de ser visto por alguém ou, até mesmo, gravado.

Assim, a ausência de banheiros químicos traz riscos físicos e morais aos visitantes, além de desestimular a visita e, por consequência, o turismo.

Sendo o sangradouro da barragem um patrimônio coletivo, sua preservação é de responsabilidade de todos nós, especialmente do poder público, ao qual pagamos para isso.

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