Por Santo Tito, funcionário aposentado do Banco do Brasil

Na primeira fase da Revolução Industrial (1750 a 1850), os operários trabalhavam em fábricas insalubres, com jornadas que, muitas vezes, ultrapassavam 12 horas por dia, sem nenhum dia de descanso durante a semana.

Os salários eram baixos, muitas vezes não sendo suficientes para a compra de alimentos necessários para a família. Crianças trabalhavam nas fábricas, não existia nenhum tipo de pensão em caso de acidente ou invalidez, nem aposentadoria.

Na segunda fase da Revolução Industrial (1850 a 1950), os trabalhadores se organizaram em sindicatos e conseguiram conquistar diversos direitos, como salário mínimo, jornada de trabalho de oito horas por dia, melhores condições de trabalho, entre outros.

Na atual fase da Revolução Industrial (1950 e permanece até a atualidade), onde alguns pesquisadores a desdobram em uma Terceira e numa Quarta Revolução Industrial, observamos uma mudança nas relações de trabalho, em que muitas empresas contratam trabalhadores autônomos. Esses trabalhadores são considerados uma espécie de empresa, uma pessoa jurídica, que presta serviço para outra empresa. Por esse motivo, não possuem qualquer direito trabalhista, como férias, descanso semanal remunerado, décimo terceiro salário, entre outros.

Como exemplo, hoje existem no Brasil milhões de motoristas e entregadores de aplicativos, todos eles sem qualquer direito trabalhista e trabalhando, muitas vezes, mais de 12 horas por dia para aumentar seus rendimentos.

O Dia do Trabalhador, Dia Internacional dos Trabalhadores é uma data comemorativa internacional, dedicada aos trabalhadores, sendo feriado em muitos deles. A homenagem remonta ao dia 1 de maio de 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade norte-americana de Chicago com o objetivo de conquistar melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária.

Durante a manifestação houve confrontos com a polícia, o que resultou em prisões e mortes de trabalhadores. Este acontecimento serviria de inspiração para muitas outras manifestações que se seguiriam. Estas lutas operárias culminaram numa série de direitos, previstos em leis e sancionados por constituições.

No calendário litúrgico, o dia celebra a memória de São José Operário, o santo padroeiro dos trabalhadores.

Nos EUA, (embora não esteja na relação de feriados) o primeiro Labor Day (Dia do Trabalho) foi realizado em 1882, em Nova York, e a partir de então, diversas outras cidades pelo país passaram a comemorá-lo anualmente.

Em 1894, o Congresso criou o Labor Day como um feriado federal, tornando a primeira segunda-feira de setembro um dia de celebração das conquistas dos trabalhadores.

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