Médicos da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, conseguiram fazer, pela primeira vez na história, um transplante de coração de porco para um humano vivo. O paciente, David Bennett, tem uma doença terminal e morreria sem o procedimento.

A cirurgia durou oito horas, e o órgão veio de um animal geneticamente modificado para não apresentar algumas substâncias que causam rejeição em humanos, além de outras características para encaixar perfeitamente no paciente.

“Está funcionando e parece normal. Estamos muito animados, mas não sabemos o que o amanha vai trazer. Isso nunca foi feito antes”, explica Bartley Griffith, diretor do programa de transplante da Universidade, em entrevista ao jornal The New York Times.

Em outubro de 2021, outro time de médicos americanos conseguiu fazer um transplante de fígado de porco para humano, mas o paciente estava com morte cerebral. A esperança dos cientistas é que esse tipo de tecnologia abra portas para facilitar os transplantes entre animais e humanos no futuro, diminuindo a fila de pessoas que precisam de um novo órgão.

Apesar do sucesso, os médicos pedem cautela. É preciso acompanhar o desenvolvimento do paciente — David está acordado, mas ligado a uma máquina que ajuda o coração a bater corretamente, o que é normal para pessoas que passam por esse tipo de procedimento.

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