As falas golpistas de Jair Bolsonaro nos discursos do 7 de Setembro ampliaram o escopo ideológico das manifestações pelo impeachment do presidente convocadas para o próximo domingo, dia 12.

Convocados por movimentos ligados ao centro e à direita —como MBL, Vem Pra Rua e Livres—, os atos também devem contar com a presença de integrantes de partidos de esquerda, como PDT, PC do B e PSOL.

Em nota, o presidente do diretório pedetista de São Paulo, Antonio Neto, afirmou que a sigla participará dos protestos de domingo. “É hora de unirmos forças da esquerda à direita pelo impeachment desse presidente tirano e incompetente. Todos aqueles que realmente querem a saída de Bolsonaro precisam estar juntos neste momento, sem cálculos eleitorais para 2022 e sem sectarismos oportunistas”.

À Folha, parlamentares como o deputado federal Orlando Silva, do PC do B, e a deputada estadual Isa Penna, do PSOL, também confirmaram presença na manifestação.

Mais cedo, conforme publicamos, o balanço do 7 de Setembro feito por um grupo com representantes de diversos partidos concluiu que tirar o presidente do poder é prioridade e que é necessário atrair a esquerda para os atos de 12 de setembro.

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O grande ausente continua sendo o PT. Segundo o Painel da Folha, a princípio o partido “rejeita comparecer ao lado de grupos que defenderam o impeachment” de Dilma Rousseff.

O Antagonista insiste: os petistas farão seu habitual jogo de cena, mas não têm o menor interesse no impeachment. Querem Bolsonaro como adversário de Lula, e o país que se dane.

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