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Liturgia: Domingo de Ramos – Ano A

Leituras:

– Is 50,4-7

– Salmo 22(21)

– Fl 2,6-11

– Mt 26,14–27,66

 No livro do profeta Zacarias, vemos a profecia do Messias entrando em Jerusalém montado em um jumentinho: “Exulta de alegria, filha de Sião, solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele é simples e vem montado num jumento, no potro de uma jumenta” (Zc 9,9).

 Cumprindo as Escrituras, e deixando claro que Ele é o Messias, Jesus entra em Jerusalém montado em um jumento. O que passa desapercebido hoje para muitos, não passaria pelo povo da época, que reconheceria imediatamente o sinal messiânico. 

 O povo esperava um libertador de corpos, alguém que os livraria do Império Romano. Jesus trazia o Evangelho da libertação da alma! Isso não foi entendido imediatamente e nem sempre o é ainda hoje. 

 É por isso que lemos a profecia de Isaías na primeira leitura. Ela prefigura a gloriosa salvação em Cristo, o Servo Sofredor. Cristo recebeu os açoites e cusparadas por nós. Em Cristo, não mais seremos humilhados! Viveremos com Ele por toda a eternidade. Basta que a nossa vida seja um grande ‘sim’ à Boa Nova de Cristo.

 O Salmo de hoje nos mostra que toda a aflição de Cristo foi profetizada. Deus não precisa de nós, mas nós precisamos dEle. Ele não se sacrificou porque precisa de nós, mas porque nos ama tanto que aceitou ser humilhado e pregado na cruz. Ele sofre ao cumprir a promessa do Novo Êxodo, a nossa libertação da escravidão do pecado.

 “Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado” (Mt 23,12; Lc 14,11). Jesus ensina com palavras o que Ezequiel havia profetizado (Ez 21,31), mas, acima de tudo, Jesus ensina com o exemplo. Na segunda leitura, é isso que São Paulo nos revela. 

 Cristo carrega a humilhação da pior das infâmias: ser pregado numa cruz como um bandido comum, um sinal de danação (Dt 21,23). Mas é através do Seu sacrifício que Ele é exaltado pelo Pai e nos garante, assim, o fim da humilhação e da dor. Que nossos joelhos se dobrem sempre ao pensar em Jesus e Sua morte e Ressurreição gloriosas.

 A procissão do Evangelho de hoje anuncia a entrada do Senhor em Jerusalém e cumpre a profecia de Zacarias. Nossos ramos simbolizam o respeito e amor pelo nosso salvador. É a Sua última semana antes dos eventos da leitura do Evangelho de hoje, a narrativa da Paixão. Tudo será cumprido em Cristo, em Seu Sacrifício de amor que só será plenamente compreendido e apreciado se formos agraciados com a benção dos céus. 

 O que vemos hoje é o ápice do amor divino derramado na forma de sangue e dor por todos. Com assombro e respeito, depositemos nossos ramos para a entrada triunfante do Senhor em nossas vidas. Que de joelhos possamos testemunhar o Sacrifício do Cordeiro em nossos altares. Esperamos pela morte e ressurreição do Senhor, a nossa Páscoa. Confessemos os nossos pecados a Deus durante a semana, pois o Senhor já vem!

 Em Cristo, entregue à proteção da Virgem Maria,

 um Papista.

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